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Pelo menos seis familiares de pacientes do Hospital São José, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, foram vítimas de uma tentativa de golpe. Algumas pessoas se passavam por médicos e solicitavam pagamentos de exames para os pacientes no valor de R$ 1,5 mil. De acordo os golpistas, o valor seria cobrado para que o hospital fizesse exames que não existiriam na rede pública de saúde. A direção do hospital acionou o setor de inteligência da Guarda Municipal de São José, que investiga a origem dos golpes.

Os casos de golpes foram relatados na segunda-feira (27) para a direção do hospital. O procedimento adotado pelos suspeitos, segundo o diretor-geral do hospital Giovani de Souza, é o mesmo: uma pessoa que se diz diretor-clínico do hospital entra em contato com os familiares por celular ou telefone fixo, informa da necessidade de exames que não são fornecidos pelo hospital e que somente com o pagamento de uma quantia em dinheiro o paciente pode fazer o procedimento em clínicas particulares.

"É um golpe parecido com aqueles do sequestro em que as pessoas são informadas por telefone que um parente foi raptado. O familiar se sente sensibilizado, pois é informado que se não fizer o pagamento, acaba colocando em risco a vida da pessoa", diz o diretor-geral.

As seis pessoas contatadas por golpistas tinham parentes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. "Um deles desconfiou, entrou em contato conosco e eu percebi que se tratava de um golpe", completa Souza.

Souza alerta que esse tipo de atitude é totalmente contrária às medidas que o hospital toma para exames feitos com pacientes. "O hospital é do SUS – Sistema único de Saúde. Se não fazemos algum procedimento, é o hospital quem paga e não o paciente", esclarece.

Mesmo com o contato dos suspeitos, segundo o diretor do hospital nenhum dos familiares que foi contatado realizou depósitos.

O setor de inteligência da Guarda Municipal de São José dos Pinhais trabalha no caso para descobrir de onde vêm as ligações. Segundo o secretário municipal de Segurança Adriano Mühlstedt, até esta quarta-feira (29) a GM já tinha informações de onde vinham as ligações. "As ligações não são de São José e o acesso aos números de pacientes é feito pelo sistema do SUS". Trata-se, segundo Mühlstedt, de um golpe que já foi praticado em outras cidades do país.

A investigação prossegue na instituição. Segundo o diretor-geral do hospital, não há evidência que apontem que as informações sobre os números de telefone dos familiares tenham saído de dentro do hospital.

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