Roubo de hóstias consagradas provoca indignação em Orlândia

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O furto de hóstias consagradas do Santíssimo da Igreja São João Batista, em Orlândia, na região de Ribeirão Preto (SP), deixou a comunidade católica local revoltada. As hóstias consagradas, furtadas no último dia 16, são consideradas o Corpo de Cristo. Além disso, o ladrão profanou a religião, ao pichar a expressão "Salve Lúcifer" na sala onde estava uma mesa de som, também levada. Por isso, a igreja foi fechada e será reaberta em 3 de outubro, em missa de desagravo. A Polícia Civil investiga o caso e tem um suspeito, ainda não ouvido.

Na igreja, localizada no bairro da Gruta, a indignação é geral. O ladrão quebrou o vidro da porta, entrou, furtou cerca de mil hóstias e o vinho usados nas celebrações, depois pegou a chave do Santíssimo (que estava numa gaveta) e levou entre 30 e 50 hóstias consagradas.

Segundo o padre Omar Rachad Ghinain, as hóstias são destinadas a pessoas doentes, que não podem comparecer às missas. A âmbula, vaso de ouro onde são guardadas as hóstias consagradas, não foi levada. "As hóstias consagradas têm um valor incomensurável para nós, católicos", disse o padre. Se a âmbula fosse levada, a indignação seria menor.

Há alguns meses, duas igrejas foram vítimas de furtos em Orlândia, mas foram levados aparelhos de som, bens materiais. "Até pensamos que eram pessoas que queriam vender os produtos para comprar drogas, mas essa pichação demonstra que o ladrão quis agredir a fé católica", lamentou o padre Omar.

A parede pichada já foi pintada e o administrador diocesano da Cúria de Franca, padre Jamil Alves de Souza, celebrará a missa em 3 de outubro. Na igreja furtada são realizadas missas nas noites de quintas e domingos. Por enquanto, as celebrações foram suspensas.

Claraval

Em Claraval (MG), perto de Franca (SP), as cerimônias de casamentos terão mudanças a partir de janeiro de 2010 por determinação do padre, o que deixou muitos noivos indignados. O padre Marcos Alexandre, responsável pelos casamentos, deixou noivos furiosos, pois uma cartilha estabelece regras para as celebrações. Isso levou um casal a mudar o casamento para Franca.

Algumas das novas regras são limite no número de padrinhos (12); pajens ou damas (quatro, entre 5 e 10 anos de idade); até seis músicas que deverão nacionais e de cunho religioso (nada de U2 ou Iron Maden, como pediu um casal); só poderão ser usados violão, violino e órgão; só tapete vermelho ou verde no corredor; enfeites limitados; fotógrafos não podem usar holofotes; e no final não podem jogar pétalas ou arroz (atos considerados supersticiosos e que ainda atrairiam pombos à igreja) nos noivos nem soltar fogos de artifício.

Com a medida, o padre disse que pretende coibir exageros nas cerimônias.