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Na tentativa de conter a onda de violência que atinge Santa Catarina há mais de uma semana, o governo do Estado e o Ministério da Justiça transferiram neste sábado (4) de cadeias catarinenses para a penitenciária federal de Porto Velho (RO) 20 suspeitos de comandar os atentados.

A transferência começou às 5h30, quatro horas após a Força Nacional de Segurança chegar ao Estado para ajudar a polícia local a conter a onda de violência.

Em todo o Estado, já são 80 ocorrências em 28 cidades registradas até as 10h deste sábado, segundo a Polícia Militar. Entre as ações criminosas estão ônibus incendiados, ataques a prédios da polícia e disparos contra agentes da segurança pública. Três pessoas morreram.

O governador em exercício de Santa Catarina, o desembargador Nelson Schaefer Martins, disse que todos os 20 transferidos "são presos condenados e sentenciados".

"Eles foram identificados pela nossa inteligência como mandantes dos ataques", acrescentou.

O ministro José Eduardo Cardoso (Justiça), em Florianópolis desde sexta-feira (3), informou que, "se for necessário", outros presos serão transferidos.

Cardozo anunciou uma operação, a respeito da qual não deu detalhes, para evitar a entrada de drogas e armas no Estado. "Vamos atuar por terra, mar e ar. Esta operação tem o objetivo de fazer um cinturão em Santa Catarina", disse.

Mesma medida

A transferência de presos e o envio da Força Nacional de Segurança foram as principais medidas para conter a onda de ataques de 2013.

Em uma única operação, 43 suspeitos foram transferidos a penitenciárias de Mossoró (RN) e Porto Velho (RO).

Na quinta-feira (2), o delegado Procópio Silveira Neto, que investiga os ataques deste ano, disse que a ordem para a nova onda de violência partiu de presos catarinenses em Mossoró.

Em resposta, o Ministério da Justiça divulgou nota dizendo que nenhum celular foi apreendido em Mossoró e que "não há indício de contato direto" entre presos da unidade e presos em Santa Catarina.

A Força Nacional de Segurança chegou a Santa Catarina à 1h30 deste sábado (4), cinco horas depois de o governo do Estado e o Ministério da Justiça anunciarem seu envio para conter a onda de ataques.

Trinta e três homens chegaram a Florianópolis em avião da Polícia Federal. Segundo o governo do Estado, eles darão apoio à PRF (Polícia Rodoviária Federal) e à PF (Polícia Federal) em operações de rua.

Desde a chegada da Força Nacional, a Polícia Militar registrou quatro ocorrências em Santa Catarina.

Em Rio do Sul (162 km de Florianópolis), um ônibus foi incendiado por volta das 2h.Duas horas depois, em Florianópolis, uma equipe do Pelotão de Policiamento Tático que patrulhava a cidade foi atacada por homens armados em dois carros. Ninguém se feriu. Os suspeitos fugiram.

Em Imbituba (86 km de Florianópolis), às 4h40, seis ônibus de uma empresa que faz transporte interestadual foram queimados. Os veículos estavam no pátio da empresa, no bairro Vila Nova.

Em Palhoça, na Grande Florianópolis, um carro foi incendiado no bairro Caminho Novo. Segundo a PM, o veículo pertencia a um suspeito de ataque preso durante a semana.

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