A chefia da 17ª Regional de Saúde de Londrina, no Norte do Paraná, se comprometeu nesta quarta-feira (31) a dar uma resposta, até o próximo dia 12, aos pacientes que necessitam de remédios especiais - negados pelo governo do Estado e pela Justiça - sobre a possibilidade da volta do fornecimento. A promessa foi feita, no final da tarde, depois de uma reunião tumultuada entre pacientes, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) subseção Londrina, Ministério Público e diretoria da Regional.
De acordo com o chefe da Regional, Adilson Castro, este é o prazo para que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) possa tentar resolver "tecnicamente" o problema. "Estamos tentando viabilizar a liberação junto ao Ministério da Saúde", afirmou.
De acordo com ele, esta teria sido a orientação do secretário da Saúde, Gilberto Martin. "Ele me disse para pegar o nome das pessoas que tiveram o pedido negado judicialmente, as doenças e os remédios indicados, para que façamos esta tentativa", afirmou.
A decisão não agradou os manifestantes, que estavam acampados desde a manhã em frente ao prédio da farmácia da 17ª Regional e prometiam permanecer no local até que fossem atendidos pelo secretário. Segundo eles, 10 dias é muito tempo para esperar. "Tem pacientes que estão internados, precisando desesperadamente destes remédios", disse a assistente social do Ministério Público, Maria Giselda de Lima.
Mas Castro afirmou que o Estado está fazendo "todo o possível". "Estamos, inclusive, pedindo a revisão dos protocolos do Ministério da Saúde, que está muito defasado, para que se inclua estes medicamentos que não constam da lista de distribuição gratuita", disse.
Uma assembléia com os pacientes e familiares convocada para esta quinta-feira, às 8h30, vai definir se o acampamento em frente à 17ª Regional será mantido até que o governo do Estado apresente sua resposta. "Temos que definir com todos", disse o representante da OAB, Jorge Custódio.
A OAB vem ameaçando denunciar o Brasil por violação dos direitos humanos junto à Organização dos Estados Americanos (OEA) pelo não fornecimento dos medicamentos para 51 pessoas na região.
São 13 medicamentos especiais, de alto custo, que ainda não constam da tabela do Ministério da Saúde.
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