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A seca nas Cataratas do Iguaçu é a pior dos últimos 18 anos. Desde 1982, quando a Itaipu Binacional começou a monitorar o Rio Iguaçu, a menor vazão das Cataratas do Iguaçu de que se tinha registro era de 134 metros cúbicos, no dia 12 de outubro de 1988.

Com menos água, a paisagem no Parque Nacional do Iguaçu se transforma. No lugar do conjunto antes formado por 275 saltos surge um imenso canyon com filetes de água. Alguns turistas aproveitam o fato praticamente raro para ver as Cataratas sob um novo ângulo, mas outros ficam decepcionados, principalmente os que visitam Foz pela primeira vez.

"Não foi um passeio perdido, mas decepcionou um pouquinho", revela Nelson Duarte Soares, 49 anos, que veio com a família de São Paulo para passar seis dias em Foz. Ele diz que conhecia as Cataratas por fotos e imagens de TV. "A gente vem com uma expectativa. O pessoal dizia que antes não dava para conversar na trilha com outra pessoa. Com a seca, o ambiente ficou diferente, bucólico", salienta. Soares diz que programou a viagem com antecedência, mas se soubesse que as Cataratas estariam com a vazão reduzida, não viria a Foz desta vez.

A visita fica diferente não apenas para quem contempla a paisagem. As empresas brasileiras e argentinas que operam passeios de barco no Rio Iguaçu, próximo às quedas d’água, também estão enfrentando dificuldades. No lado brasileiro, os barcos podem chegar no máximo a 400 metros das quedas. Quando a vazão é normal, eles praticamente ficam embaixo das imensas cachoeiras.

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