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crise na educação

Segunda-feira é o dia decisivo da greve

Em uma nova assembleia geral na Vila Capanema, os professores da rede estadual decidirão se encerram a paralisação ou não. Mediação do TJ-PR com o governo estadual parece ter surtido efeito

Professores permanecem acampados no Centro Cívico, em Curitiba | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Professores permanecem acampados no Centro Cívico, em Curitiba (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

Em greve há 27 dias, professores da rede estadual de ensino vão se reunir na segunda-feira (9) para decidir sobre os rumos da mobilização. A assembleia está marcada para as 8h30 em Curitiba, no estádio da Vila Capanema, onde mais de 20 mil professores decidiram pela continuidade da greve na última quarta-feira.

Na pauta da nova assembleia está uma carta-compromisso assinada na manhã de sexta-feira (6) pelo governo do Estado e pela APP-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná) na presença do desembargador Luiz Mateus de Lima, do Tribunal de Justiça do Estado.

Na quarta-feira, o magistrado determinou o fim da greve e o retorno imediato dos professores às salas de aula, sob pena de multa diária de R$ 20 mil. Além de notificar a APP-Sindicato sobre a decisão, Lima fez uma reunião informal com os dois lados para colaborar no avanço das negociações.

Comando

Reunidos até o início na noite de sexta-feira (6), o comando da greve ainda não decidiu qual recomendação fará à categoria na segunda-feira. A decisão será tomada após uma reunião marcada para o domingo, às 15 horas.

Avanços

Em entrevista sexta-feira (6) à reportagem, o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, sinalizou que houve avanço na pauta. Um dos pontos positivos, segundo ele, foi a definição de datas para o pagamento do passivo relativo às progressões e promoções dos professores e funcionários. Até então, o governo estadual havia se comprometido a estabelecer um cronograma para o pagamento da dívida só a partir do mês de maio. Na carta-compromisso, o estado já define datas: o passivo seria pago até 31 de agosto para os funcionários e até 31 de outubro para os professores.

Outro avanço diz respeito à possibilidade de mudanças na Paranaprevidência, ponto considerado sensível também para outras categorias do serviço público. Na carta-compromisso, o governo estadual se compromete a fazer um debate amplo. “Há um entendimento de que qualquer mudança na Paraná Previdência não pode afetar a segurança da aposentadoria dos servidores a médio e longo prazo”, disse Leão.

A publicação no Diário Oficial das nomeações de 1.015 pedagogos também foi confirmada sexta-feira (6) pelo Executivo. Outras 463 pessoas aprovadas no último concurso para professor também devem ter seus nomes publicados até terça-feira.

Verba de custeio

A primeira cota extra do Fundo Rotativo, prometida pelo governo estadual para compensar as cotas não depositadas no ano passado, também já estaria na conta das escolas. Segundo o governo estadual, são R$ 12,2 milhões para as mais de 2,1 mil escolas. “O depósito do Fundo Rotativo já vai ajudar no início das aulas”, declarou Leão.

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