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Na frente do Palácio das Araucárias, em Curitiba, servidores fizeram um ato para pressionar uma decisão do governo sobre a data-base. Não adiantou. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Na frente do Palácio das Araucárias, em Curitiba, servidores fizeram um ato para pressionar uma decisão do governo sobre a data-base. Não adiantou.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Com foco na data-base do funcionalismo do Paraná, a reunião de terça-feira (12) entre representantes do Fórum Estadual dos Servidores (FES) e a secretária estadual da Administração e da Previdência, Dinorah Nogara, não trouxe avanço para as negociações e agora outras categorias – além dos servidores da Educação – ameaçam entrar em greve. O FES esperava que o governo estadual apresentasse uma proposta concreta de índice de reajuste salarial, o que não ocorreu. Na reunião anterior, realizada no último dia 5, o governo estadual já havia pedido um prazo de uma semana para apresentar uma proposta.

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Uma nova reunião foi marcada pelo governo estadual para a próxima terça-feira (19), mas servidores já anteciparam que desejam ter um índice em mãos antes disso. “Já avisei que não vamos para reunião nenhuma. Só aguardamos um índice. E esperamos que ele seja apresentado até quinta-feira (14)”, afirmou Marlei Fernandes de Carvalho, representante do FES e secretária de Finanças da APP-Sindicato, que representa os professores. Ela sustenta que outras categorias podem aprovar paralisações.

A indefinição da data-base é considerada hoje o principal obstáculo para o fim da greve dos professores das escolas estaduais e dos docentes das sete universidades estaduais. No último dia 27, eles a retomaram as paralisações de fevereiro e março em função das mudanças no fundo de previdência do funcionalismo. Mas a pauta da data-base ganhou força depois que o governo estadual sinalizou não ter condições financeiras para oferecer o reajuste salarial esperado pelos servidores, de pelo menos 8,17%, que correspondente à inflação dos últimos 12 meses medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

“Estamos indignados, revoltados. Eles deviam ter cancelado a reunião de hoje [ontem], já que não havia intenção de apresentar nada”, afirmou o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão Silva, logo após o término da reunião, realizada no Palácio das Araucárias, em Curitiba. “Neste cenário, não temos condição de encerrar a greve”, acrescentou ele.

Iniciada às 10h20, a reunião, a portas fechadas, só foi terminar por volta do meio-dia. Do lado de fora do Palácio das Araucárias, centenas de servidores e também estudantes universitários fizeram um ato de apoio às reivindicações do funcionalismo. Um grupo de cerca de 40 estudantes do câmpus de Cascavel da Unioste lotou um ônibus para participar do ato.

O estado tem hoje mais de 182 mil servidores ativos, além de mais de 81 mil aposentados e mais de 26 mil pensionistas. A folha de pagamento dos servidores ativos gira em torno de R$ 1,1 bilhão, segundo dados da Secretaria de Estado da Administração e Previdência.

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