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Sem recursos, Goioxim tem os piores índices do PR

A cidade de Goioxim, no Centro-Oeste do Paraná, sofre com a falta de infra-estrutura: cidade liga“nada a lugar algum” | Dirceu Portugal/Gazeta do Povo
A cidade de Goioxim, no Centro-Oeste do Paraná, sofre com a falta de infra-estrutura: cidade liga“nada a lugar algum” (Foto: Dirceu Portugal/Gazeta do Povo)

O prefeito que assumir a administração de Goioxim, no Centro-Oeste do Paraná, em janeiro de 2008, terá um trabalho árduo nos quatro anos de mandato. O município, que em 2005 possuía 7.993 mil moradores, enfrenta todo tipo de problema. O Índice Firjan apontou a cidade com os piores índices nas áreas de saúde, educação e renda no estado.

Com uma geografia acidentada, Goioxim enfrenta dificuldades até em relação aos acessos: quem tenta chegar pelo município de Marquinho enfrenta cerca de 60 quilômetros de uma estrada de terra. Pela segunda alternativa, via Guarapuava, o motorista encontra uma pista estreita, que o obriga a trafegar por 55 quilômetros usando o acostamento. "Se encontrar carro ou caminhão reduza a velocidade e não se preocupe em estragar as plantações. Rodar à noite é suicídio", afirma o comerciante Rosalino Alves, 49 anos.

A falta de indústrias obriga as famílias a buscar o trabalho informal nas plantações de fumo e a se inscrever em programas sociais. Pelo menos 795 famílias são beneficiárias do Bolsa Família. "A deficiência na infra-estrutura não atrai indústrias e com isso a cidade não se desenvolve", reclama o advogado Victor Antônio Esteck, 27 anos, que buscou oportunidades em outra cidade.

A prefeitura gasta 40% de seu orçamento de R$ 8 milhões (80% de arrecadação da agricultura e 20% do comércio) com a folha de pagamento de cerca de 250 funcionários. "A prefeitura é a maior empregadora do município", diz o prefeito Olivo Agostinho Calsa (PMDB), que contesta o critério do Índice Firjan de levar em conta o número de veículos. "Em 2001 existiam 235 veículos, hoje são mais de 1,1 mil. A cidade não se desenvolve por falta de indústrias, rodovias e recursos. Não é o fim do mundo, mas é um lugar que liga nada a lugar algum."

Agostinho diz que, mesmo sem investimentos, o município construiu postos de saúde, escolas e as novas sedes da prefeitura e da Câmara. Segundo ele, a cidade conta com um mini-hospital de atendimento básico 24 horas e 18 escolas, entre municipais e estaduais, com 1.090 crianças matriculadas.

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