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Acampados em frente a banco, manifestantes querem terra definitiva para famílias | Cesar Machado / Vale Press
Acampados em frente a banco, manifestantes querem terra definitiva para famílias| Foto: Cesar Machado / Vale Press

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) estão acampados em frente da agência do Banco do Brasil em Quedas do Iguaçu, no Sudoeste do Paraná, e prometem permanecer no local enquanto o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) não responder a uma série de reivindicações que eles dizem cobrar há cinco anos.Cerca de 200 sem-terra do antigo Corredor do Iguaçu (área dentro da Fazenda Araupel) se revezam no local desde terça-feira passada para forçar uma negociação. Eles cobram agilidade no assentamento de famílias excedentes que estão provisoriamente no acampamento. A Araupel, por sua vez, está localizada dentro do Assentamento Celso Furtado, o maior projeto de reforma agrária do Paraná e um dos maiores do Brasil.

De acordo com o sem-terra Moisés Gonçalves, outra reivindicação é a instalação de energia elétrica, já que a maioria das 107 famílias que moram no Corredor do Iguaçu ainda não conta com o serviço básico. "É como viver na idade da pedra. Fica difícil, não temos uma geladeira, não temos uma televisão para os filhos", diz Luiz Giesel.

Os manifestantes esperam que a superintendência regional do Incra, em Laranjeiras do Sul, se reúna com eles amanhã para conversar sobre as reivindicações.

A reivindicação mais polêmica gira em torno de um plano de manejo para extrair madeiras do local. A área onde eles estão acampados é rica em araucária e o plano autorizaria a extração de parte da madeira. "O plano prevê o reflorestamento não com araucárias, mas com pinus, eucalipto e pastagem", diz Gonçalves.

Em novembro de 2009, uma operação que envolveu 500 policiais e fiscais do Ibama desmantelou uma quadrilha que extraía madeira ilegalmente do assentamento Celso Furtado. Trinta e cinco madeireiras foram lacradas e 15 pessoas, entre madeireiros e sem-terra, presas.

Protesto na rodovia

Em São Paulo, um grupo do MST interditou totalmente os dois sentidos da rodovia Régis Bittencourt (que liga São Paulo a Curitiba) na manhã de ontem. Por volta das 10 horas, os manifestantes atearam fogo em pneus na pista, na região de Taboão da Serra, na Grande São Paulo. A rodovia foi liberada por volta das 11h30, depois de provocar congestionamento de 16 quilômetros no sentido São Paulo e nove quilômetros no sentido Curitiba. O grupo reclamava dos despejos de moradores em locais que receberão obras para a Copa de 2014.

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