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Os servidores públicos de Araucária, região metropolitana de Curitiba, mantém a paralisação dos serviços essenciais nesta segunda-feira (9) apesar da decisão da Justiça, na última sexta (6), obrigando que metade dos funcionários volte ao trabalho. Durante o dia deve ocorrer uma assembleia deliberativa, pela manhã; reuniões com cada setor do funcionalismo, à tarde, e uma vigília à noite.

A informação foi repassada por Giovana Piletti, coordenadora geral do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária (Sismmar). Ela antecipa que, caso a categoria acate a decisão da Justiça, caberá à prefeitura determinar como será feita a organização de quais funcionários trabalharão e que setores reabrem as portas. "Vamos solicitar que a prefeitura determine, no caso de haver aprovação".

Dileia Aparecida Matias, diretora do Sismmar, reforçou que a segunda amanhece sem aulas e com outros serviços paralisados em Araucária. "No fim de semana, tivemos caminhões de som informando a respeito disso, porque a notificação ocorreu à revelia, nenhum diretor de escola assinou o documento que notifica o recebimento da decisão."

Prefeitura de Araucária

Em nota, a Prefeitura de Araucária informou um levantamento para verificar como está o andamento dos serviços municipais prestados na cidade está em elaboração. O informe antecipa que "várias escolas foram encontradas fechadas nesta manhã" e reforça que a medida foi tomada "mesmo após a decisão judicial que determina a manutenção de 50% dos servidores no trabalho durante os dias de paralisação até que seja apreciada sua legalidade."

A greve

A greve dos servidores de Araucária começou oficialmente na quinta-feira (5), mas os alunos da rede pública não têm aula desde quarta-feira (4). Os grevistas já promoveram manifestações em frente à prefeitura e afetaram atendimentos em diversos setores da cidade. A saúde teve atendimento apenas de emergências, os guardas municipais passaram a atender apenas casos de maior relevância e algumas secretarias adotaram o regime de lentidão no atendimento.

A estimativa do Sismmar, na semana passada, era de é de que 3 mil servidores já tinham aderido à greve. No total, Araucária conta com 5 mil funcionários públicos efetivos. Dos que estavam parados até então, 1,8 mil eram professores (a cidade conta com 2,2 mil educadores). A saúde mantém 30% dos trabalhadores e a Guarda Municipal, segundo o sindicato, está com as atividades paralisadas.

As negociações estão travadas porque a prefeitura alega não ter dinheiro para conceder o aumento antes do início de 2014. A declaração veio por meio de uma nota encaminhada pelo departamento de comunicação do município na última quarta-feira (4). Segundo o comunicado, a arrecadação de Araucária caiu em mais de R$ 50 milhões desde o início do ano, ao mesmo tempo em que o índice da folha de pagamento dos servidores ultrapassou o limite de 51,3% previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.

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