Servidores do Incra fecham prédio do instituto em Curitiba

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Os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) realizam, em todo o Brasil, manifestações nas sedes do instituto como parte do movimento de greve da categoria. Em Curitiba, a sede do Incra, localizada na Rua Doutor Fraive, no Centro, foi fechada na segunda-feira (6) e os servidores em greve mantêm o piquete nesta terça-feira (7).

Segundo a Associação dos Servidores do Incra no Estado do Paraná (Assincra-PR), entidade que realiza o movimento local de greve, tanto funcionários como os dirigentes da superintendência do instituto no Paraná foram impedidos de entrar na instituição, onde funciona a superintendência do Incra e a delegacia regional do MDA. Os servidores grevistas se mantêm na frente do prédio em forma de protesto e colocaram uma lona preta na entrada do prédio.

Cerca de 60 manifestantes protestam no local. O fechamento do prédio vai até as 18h desta terça-feira, quando a instituição será liberada aos funcionários. Durante a semana, outras manifestações devem ser feitas tanto em Curitiba quanto em outras sedes do país. "Vamos fazer mobilizações com outras categorias que também estão em greve para realizar atividades e manifestações", disse o presidente da Assincra-PR, João Wagner Gomes da Silva.

Greve

Os servidores do Incra e do MDA estão em greve desde o dia 18 de julho em 28 das 30 superintendências do país. As manifestações em Curitiba fazem parte do movimento nacional de greve da categoria, que reivindica aumento salarial.

Segundo a Confederação Nacional das Associações dos Servidores do Incra (Cnasi), a remuneração dos servidores do instituto e do MDA é apenas um terço do que é pago aos funcionários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Eles pedem a equiparação salarial com os funcionários do MAPA.

Eles também reivindicam melhorias no orçamento destinado ao instituto. De acordo com o diretor nacional da Cnasi Reginaldo Marcos Aguiar, a falta de investimentos complica o andamento dos trabalhos. "O Incra está praticamente parado. Houve corte de 25% no orçamento este ano e não temos funcionários suficientes".

Os grevistas pedem a contratação de quatro mil servidores por concurso, três mil para o Incra e mil para o MDA.