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Juizados Especiais

Servidores querem a volta do pagamento do adicional noturno

Os trabalhadores farão uma manifestação às 13 horas em frente aos Juizados Especiais em Curitiba

Os servidores dos Juizados Especiais de Curitiba prometem realizar uma manifestação, nesta quarta-feira (4), em defesa do pagamento do adicional noturno. O benefício está suspenso desde 1º de janeiro por determinação do ex-presidente do Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná, desembargador José Antônio Vidal Coelho. As audiências que ocorriam no período noturno deixaram de ser realizadas e alguns foram remarcadas para 2010.

Os trabalhadores ficarão na porta dos Juizados Especiais buscando o apoio da população em um abaixo-assinado, que deverá ser entregue ao novo presidente do TJ, desembargador Carlos Hoffmann. O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Paraná (Sindijus-PR), José Roberto Pereira, disse que os servidores vão se reunir por volta das 13 horas para discutir uma possível paralisação do trabalhado durante o protesto.

Os Juizados Especiais têm procedimentos mais ágeis do que os da Justiça comum e atendem principalmente a população de baixa renda. A decisão do TJ gerou um acúmulo de processos nas secretarias e algumas estão com o calendário fechado até setembro. As audiências que seriam realizadas em janeiro e fevereiro só acontecerão depois deste período, muitas foram remarcadas para 2009.

Para Pereira, no quadro atual, servidores, advogados e as pessoas que buscam a Justiça estão sendo prejudicados. "Precisamos do apoio de todos para garantir que os Juizados Especiais realmente apliquem a sua função: justiça rápida", afirmou o presidente.

Colapso

Um estudo elaborado pelo Tribunal de Justiça do Paraná em dezembro passado aponta colapso nos Juizados com o fim das sessões noturnas. A análise, assinada pelo desembargador Ivan Campos Bortoleto, ex-segundo vice-presidente do TJ e supervisor dos juizados especiais, não impediu que o tribunal acabasse com o expediente extra.

A determinação do fim das sessões noturnas se deveu a uma necessidade de redução de custos. O estudo da segunda vice-presidência revela que 84% dos funcionários lotados nos juizados especiais realizam atividades após o expediente normal e 66% das unidades não podem funcionar apenas no horário normal.

Nova direção

Após tomar posse, na segunda-feira (2), no novo presidente do TJ, o desembargador Carlos Hoffmann, disse que vai estudar a possibilidade de voltar a fazer o pagamento de adicional por serviço noturno para os servidores que atuam nos Juizados Especiais.

O assunto será analisado pela segunda vice-presidência do tribunal. Somente após ser finalizado o estudo, é que Hoffmann vai se manifestar sobre o assunto. Apesar disso, Hoffmann reafirmou seu compromisso com a reestruturação dos Juizados Especiais. "Vou procurar resolver os problemas (dos Juizados Especiais) na medida do possível", disse ele.

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