Os telefones da Polícia Militar (PM) e da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) em Curitiba voltaram a poder efetuar ligações telefônicas nesta quinta-feira (21). Durante a última quarta (20), ambas as entidades tiveram os serviços telefônicos restringidos por falta de pagamento das contas. As informações sobre a normalização nas linhas foram repassadas pelas assessorias de imprensa dos dois órgãos afetados.
A conta telefônica não era paga desde setembro, segundo policiais que falaram à reportagem e que preferiram não se identificar. Na noite de terça-feira (19), a interrupção no serviço foi feita pela operadora que presta o serviço para o estado. No prédio da Sesp, os funcionários também não conseguiram telefonar, apenas receber chamadas. A secretaria confirmou o problema e disse que a solução dependia da Secretaria da Administração e Previdência (Seap) e que já havia realizado uma reunião para busca a solução para o corte.
Falta de telefone gerou transtornos
Sem telefone, muitas das chamadas feitas às viaturas da PM não puderam ser realizadas. Isso porque os atendentes da central de emergências 190 precisam ligar para os policiais para avisá-los das ocorrências, em razão da fragilidade do sistema analógico dos rádios comunicadores da polícia.
Segundo os policiais, as consequências da falta de telefone afetam também a comunicação com denunciantes. Os atendentes não podem retornar as ligações para os cidadãos que fazem as denúncias. Em muitos casos, o cidadão liga, avisa a polícia sobre determinado crime e os atendentes deveriam retornar para dar mais orientações, receber informações complementares e explicar qual encaminhamento foi dado ao problema denunciado. Sem poder fazer ligações, a resposta fica impossibilitada.
Governo: troca em secretaria gerou problema
A Gazeta do Povo entrou em contato com a assessoria de imprensa do governo do Paraná em relação à situação, nesta quarta-feira (20). Por e-mail, ela informou que a troca de comando na Secretaria da Fazenda provocou a reavaliação dos desembolsos do Tesouro do Estado.
Além disso, dificuldades no fluxo de caixa - causados principalmente pela redução de repasses federais, que somam R$ 1,5 bilhão por ano, e o bloqueio dos pedidos de financiamento feitos pelo estado - fizeram com que alguns fornecedores deixassem de receber pagamentos.
O governo do Estado informou que, ainda na quarta-feira, foram liberados os pagamentos dos débitos de telefonia. Já a Seap informou que deve convocar todos os fornecedores que têm contrato com o estado e que estão com créditos a receber para, junto com a Secretaria da Fazenda (Sefa), estabelecer um cronograma para liquidar pendências em todas as áreas da administração estadual. A estimativa é que isso aconteça nas próximas duas semanas.
