• Carregando...
Edward James Olmos, Ridley Scott, Daryl Hannah e Rutger Hauer, na exibição de "Blade Runner: a versão final", em Veneza | AFP/Gazeta do Povo
Edward James Olmos, Ridley Scott, Daryl Hannah e Rutger Hauer, na exibição de "Blade Runner: a versão final", em Veneza| Foto: AFP/Gazeta do Povo

Rio – Sete supostos traficantes morreram e dois foram presos ontem durante uma operação policial na Favela do Fumacê, em Realengo, zona oeste do Rio. Durante as oito horas que os 250 policiais de delegacias especializadas estiveram na favela, houve vários tiroteios com traficantes, localizados em parte por denúncias feitas por moradores no momento da ação policial.

Apesar do apoio da comunidade, o líder do tráfico da favela, identificado pela polícia como Thiago Bezerra da Silva Gomes, 28 anos, o Thiaguinho, conseguiu escapar por volta das 5 h com um de seus comparsas, conhecido como Português.

Thiaguinho tem mandado de prisão expedido por latrocínio (roubo seguido de morte) e é integrante da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP). A quadrilha que atua no Fumacê é conhecida pela extrema violência com que comete os assassinatos e roubos.

Um dos homens que morreram ontem, Diego Sérgio de Araújo Soares, 24 anos, conhecido como Monstro, teria participado do assassinato do policial da Delegacia de Repressão a Armas e Entorpecentes (Drae) Antônio Ferreira, em maio deste ano. Até o início da noite, além de Diego, apenas Genílson de Oliveira Mesquita, de 18 anos, havia sido identificado. De janeiro deste ano até agora, 145 pessoas morreram em confrontos entre traficantes e policiais.

Durante a operação, a polícia apreendeu sete radiotransmissores, uma granada de fuzil, uma granada defensiva, cerca de mil papelotes de cocaína, cinco tabletes de maconha, anotações do tráfico e seis pistolas, das quais uma pertencia à Polícia Civil do Rio e outra à Polícia Rodoviária Federal. A polícia vai investigar se as armas foram roubadas durante assaltos a policiais na região.

A ação, planejada por três meses, começou às 3 h de ontem, com os policiais escondidos à espera do término de um baile funk que acontecia dentro da favela, segundo o delegado titular da Drae, Carlos Oliveira, que chefiou a operação.

"Sabíamos onde estavam os principais homens do tráfico e conseguimos pegar a maior parte deles. Planejamos muito bem e tivemos a colaboração da comunidade. Por isso, nenhum inocente ficou ferido", afirmou o delegado.

Pouco depois do fim da operação, às 11 h da manhã, Oliveira ainda se recuperava do susto de quase levar um tiro, quando entrou numa casa onde morreu o último suposto traficante. "Já estávamos indo embora quando chegou um informe de que mostrava a localização de um criminoso. Quando abri a porta da casa, fui recebido com dois tiros que passaram bem perto do meu pescoço", contou.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]