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Paraná

Sinclapol expulsa policiais que disputam eleições internas

Nove policiais que integram uma chapa de oposição à atual diretoria do Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol) denunciam que foram expulsos da entidade para serem impedidos de concorrer na eleição que será realizada no dia 27 de junho. Eles dizem também que vêm sendo perseguidos por terem movido uma ação contra a prorrogação do mandato da atual diretoria. O presidente Paulo Martins deixaria o cargo em maio de 2007, mas uma assembleia realizada em 2005 estendeu o mandato dele até maio deste ano. Uma decisão do mês passado da 3ª Vara Cível de Curitiba determinou que o Sinclapol convoque novas eleições e tornou nulos os atos da diretoria desde maio de 2007.

Foram expulsos do quadro de filiados os policiais André Luiz Gutierrez, Claudio Muniz da Silva, Daniel Luiz Santiago Cortes, Eurimar Fabiano Bortot, Ezequiel Camargo Ventura, José Galahade Penha, Cesar Augusto Abilhoa, Luiz Carlos Durieux e Dalton Pazelo. O último não participou da ação movida contra a diretoria. Segundo os policiais, sete integrantes do grupo deixaram de ter a mensalidade sindical (no valor de R$ 38) descontada de suas folhas de pagamento em março deste ano, e dois em abril.

Apesar de expulsos, os policiais dizem que vão inscrever a chapa para concorrer nas eleições. Como o juízo da 3ª Vara Cível proferiu que os atos da diretoria são nulos nos últimos dois anos, o grupo entende que as expulsões também são nulas. "A diretoria não tem legitimidade para fazer tal ato", afirma Ezequiel Ventura. "Como não reconhecíamos a legitimidade deles, o que foi confirmado pela sentença, não reconhecemos o conselho de ética montado pelo presidente", diz André Gutierrez.

O presidente do Sinclapol, Paulo Martins, diz que os policiais foram expulsos por utilizarem o nome do sindicato e da Polícia Civil em um site particular, no endereço www.policialcivil.com.br. "Eles fizeram atos que comprometem a instituição policial civil. O site está vinculado a uma empresa particular", acusa. Segundo ele, as expulsões foram aprovadas pelo conselho de ética do sindicato. "Eles começaram a ter esses comportamentos em junho do ano passado. Foi um processo administrativo normal. Não foi por conta da eleição." Um inquérito foi aberto pelo Núcleo de Repressão a Crimes Cibernéticos (Nuciber) para apurar o possível crime. O site "Policial Civil" traz textos contrários à atual diretoria do Sinclapol.

Na defesa protocolada na 3ª Vara Cível, o Sinclapol atribui uma série de crimes e irregularidades aos oposicionistas. "Tem um que foi retirado de Pontal do Paraná a pedido da comunidade, outro responde por tortura e fraude processual. Todos respondem processos dessa natureza", afirma Martins. Os policiais dizem que se trata de perseguição. "Estão tentando nos incriminar de todas as maneiras", garante Claudio Muniz da Silva.

"Em 25 anos de Polícia Civil, nunca respondi a nenhum processo disciplinar. O único foi esse caso que ele (Martins) denunciou", afirma André Gutierrez.

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