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A Assembléia Legislativa do Paraná (AL-PR) divulgou na tarde desta terça-feira (11), em uma coletiva de imprensa, o resultado final da sindicância interna que investigou a denúncia de que Verônica Durau Rodrigues, sogra do ex-chefe de gabinete da prefeitura de Curitiba, Ezequias Moreira Rodrigues, seria uma "funcionária fantasma", com cargo comissionado na Assembléia. O documento comprova que, na prática, a funcionária não atuou na Casa, como ela já havia admitido em entrevista ao jornal Gazeta do Povo.

O resultado da sindicância foi divulgado pelo presidente da Casa, o deputado Nelson Justus (DEM), que anunciou as ações a serem tomadas por uma Comissão Executiva formada na Assembléia: a Procuradoria da AL-PR vai entrar com uma ação na Justiça, pedindo o ressarcimento dos salários recebidos por Verônica Durau entre os anos de 1996 e 2007, período em que acumulou cargo comissionado; serão feitas cópias com o resultado da sindicância para serem enviadas ao Ministério Público, onde já corre um processo em segredo de justiça; e os atos que nomearam Verônica Durau Rodrigues funcionária da Casa serão anulados e será encaminhado um aviso ao Ministério da Previdência Social e o Paraná Previdência, para que o período não seja contado para fins de aposentadoria.

"Não efetuamos o controle de presença de funcionários comissionados nos gabinetes, e como ela própria (Verônica) declarou, ela nunca trabalhou na Casa. Portanto, terá que devolver os recursos aos cofres públicos", afirmou Justus em nota, explicando que os parlamentares são responsáveis pelo controle interno de servidores em seus gabinetes. Ela foi contratada em 1996, como assessora de Beto Richa, na época deputado estadual. O atual prefeito de Curitiba informou que não vai comentar o assunto. A ação civil pública por prática de improbidade administrativa será protocolada pela Procuradoria-Geral da Assembléia, visando à recomposição dos prejuízos causados ao Estado. Segundo análise da comissão de sindicância, o valor a ser devolvido é de aproximadamente R$ 300 mil em valores nominais, sem contabilizar os vencimentos proporcionais a férias e encargos sociais pagos pela Assembléia, além da correção que cabe ser determinada pela Justiça.

Em nota divulgada no site da Assembléia Legislativa do Paraná, o deputado Nelson Justus afirma que vai entregar pessoalmente no MP-PR, na quarta-feira (12), o relatório conclusivo da sindicância.

Verônica Durau Rodrigues recebeu salários da Assembléia até o último mês de julho. Com a denúncia, ela pediu exoneração do cargo.

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