
O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana negou nesta quarta-feira (31) que as empresas estariam forçando um aumento de tarifa. Em nota oficial, o Setransp afirmou que "em nenhum momento, durante a realização do II Fórum Transporte Curitiba, nos dias 29 e 30 de outubro, se falou em pedir aumento de tarifa".
A informação sobre um possível aumento de tarifas surgiu da revelação de que as empresas e a Urbs têm uma disputa judicial sobre repasses de verbas que eram feitas pela prefeitura e foram contingenciadas. Esta informação está em reportagem da Gazeta do Povo desta quarta-feira (31/10), assim como a de que a tarifa poderia subir para até R$ 2,50 caso a Urbs venha a perder essa disputa judicial.
O presidente da URBS, Paulo Schmidt, também divulgou uma nota de esclarecimento. Ele afirmou que "não há nenhuma possibilidade de reajustar a tarifa de ônibus de Curitiba de R$ 1,90 para R$ 2,50, como sugere texto publicado no jornal Gazeta do Povo". (Leia a nota completa no quadro)
Veja abaixo a nota oficial do sindicato:
"Nota de Esclarecimento
O Setransp (Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana) repudia, com veemência, a informação publicada na edição de hoje do jornal Gazeta do Povo de que "as empresas querem aumento de tarifa".
Em nenhum momento, durante a realização do II Fórum Transporte Curitiba, nos dias 29 e 30 de outubro, se falou em pedir aumento de tarifa, muito pelo contrário.
Toda a temática do encontro foi para buscar soluções para a otimização do sistema, corte de custos, redução da carga tributária e debater a integração de Curitiba com os demais municípios da Região Metropolitana - tudo isso, justamente, sempre parametrizado pela busca de menores custos para os usuários.
E isto porque as empresas do transporte coletivo querem atrair mais usuários para o sistema, e têm consciência que apenas uma tarifa acessível aliada a um serviço prestado com qualidade é que irá atrair mais clientes-usuários. De outra forma, o usuário migrará para outros meios de transporte, como automóveis e motos, menos eficazes para a sociedade do ponto de vista de espaço, energia, poluentes e acidentes como demonstraram especialistas no mesmo evento.
No II Fórum, fornecedores propuseram sugestões para redução de custos operacionais. Legisladores defenderam a obtenção de fontes de recursos para isenções para não onerar mais a tarifa. Especialistas em tributação demonstraram que mais de 35% do preço da tarifa é formada por impostos e taxas.
No último dia desse II Fórum, um técnico da Urbs apresentou durante a sua palestra informações sobre uma ação judicial relativa a cortes, feitos unilateralmente pelo poder público na remuneração das empresas logo em janeiro de 2005, ação que esta tramitando na Vara da Fazenda Pública. Nenhuma das partes nessa demanda - empresas, URBS e Município de Curitiba - está nesse processo a pleitear, por qualquer modo, reajuste da tarifa, sobretudo para o "valor" afirmado pela reportagem.
O mesmo técnico fez uma colocação que, talvez, tenha confundido quem ali estava realizando o seu trabalho.
O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana, que realizou o II Fórum e que de uma maneira democrática chamou para a discussão todos os setores da sociedade, sempre esteve e sempre estará lutando para que os custos do sistema sejam cada dia menores, e para que a população possa ter acesso a um transporte público de qualidade e com uma tarifa justa e honesta para todos, como explicado na Carta do II Fórum Transporte Curitiba, que foi e será publicada nos principais jornais da cidade e que está à disposição de todos no site do sindicato: www.empresasdeonibus.com.br.
Sindicato das Empresas de ÔnibusDe Curitiba e Região Metropolitana"



