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Representantes do Sindicato das Classes Policiais Civis (Sinclapol) fecharam nesta sexta-feira (17) a delegacia de Carambeí, nos Campos Gerais, por não haver policiais civis no local. A medida ocorreu em decorrência da operação-padrão aprovada em assembleia pela categoria na última quarta-feira (15).

Dois distritos policiais em Ponta Grossa, também nos Campos Gerais, que não têm delegados próprios, também foram notificados pelo Sindicato, mas não foram fechados. Os funcionários do 1º e do 4º distritos policiais foram orientados a encaminhar a população que precisar dos serviços a se dirigir a outras delegacias do município.

Conforme o representante da diretoria do sindicato em Ponta Grossa, Elter Garcia Eltz, o estatuto da categoria e a Constituição determinam que toda unidade policial deve contar com a presença física de um delegado para orientar os procedimentos policiais. "Não podemos manter os serviços sem um delegado", explicou.

Em Ponta Grossa, com as notificações no 1º e no 4º distritos policiais, a população ainda pode recorrer aos 2º e ao 3º distritos e à sede da 13ª Subdivisão Policial. Porém, em Carambeí, cidade com 19 mil habitantes, a delegacia mais próxima fica apenas em Castro ou em Ponta Grossa. Até então, a delegacia vinha sendo cuidada por um servidor da prefeitura. A delegada-chefe da 13ª Subdivisão Policial informou que apoia o movimento do Sinclapol.

Cadeia

Outra medida tomada na área de segurança pública em Ponta Grossa, mas que não está relacionada à operação-padrão da Polícia Civil, é a entrega formal pela Polícia Civil do minipresídio Hildebrando de Souza, que pertence à Secretaria de Estado da Segurança Pública, à Secretaria de Estado da Justiça, responsável pela custódia dos presos.

Recentemente, o Tribunal de Justiça confirmou a interdição parcial do prédio, que já havia sido parcialmente interditado em primeira instância em maio do ano passado. Com a decisão, a cadeia não pode conter mais do que 350 presos. O número de vagas é de 172 e a quantidade de detentos é de, em média, 500 pessoas. Se o número de 350 detentos for extrapolado, os responsáveis pela unidade, que são policiais civis, podem ser responsabilizados. "Não queremos ser responsabilizados por algo que não é da nossa alçada", afirmou Garcia, que além de representante do Sinclapol é diretor da cadeia. Mas, por enquanto, segundo ele, os policiais civis permanecem no prédio para garantir a segurança.

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