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Orientação

O delegado Osmar Feijó explicou que o cidadão deve sempre ficar atendo ao ser abordado por um policial. "O policial vai se identificar e mostrar a carteira de identificação, com o nome e a foto". Caso o policial não se identifique, é direito da pessoa abordada pedir para ver a documentação. "É uma situação difícil, porque se a pessoa está armada, uma reação pode significar um conflito. Mas, se perceber que não há risco, é importante pedir uma identificação, de forma educada", orientou. Caso seja realmente um policial, pedir a identificação não configura crime de desacato.

Um homem de 44 anos foi preso em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, por suspeita de estuprar uma jovem de 20 anos. Segundo a polícia, enquanto violentava a vítima em um matagal, ele deixou o filho dele, de cinco anos, dentro do carro, um Santana.

O titular da Delegacia de Piraquara, Osmar Feijó, contou que a vítima tinha acabado de sair do trabalho e estava em frente a uma farmácia, na Rua Marechal Deodoro, no Centro, quando foi abordada pelo homem, que se passou por delegado. "Ele estava com uma camiseta de uma corrida da Polícia Civil e mostrou a ela uma carteira de delegado ambiental", disse. O homem também estava armado e disse à vítima que ela era suspeita de tráfico de drogas.

A moça entrou no carro e foi levada para um matagal próximo, onde o suspeito a obrigou a fazer sexo oral nele e a estuprou, de acordo com o delegado. O carro, com o filho dele dentro, foi deixado nas proximidades.

Em patrulhamento na região, a Polícia Militar desconfiou do automóvel abandonado e se aproximou para fazer a abordagem. Além da criança, havia munições de pistola calibre nove milímetros dentro do carro. Enquanto a PM vistoriava o veículo, o homem saiu do matagal e tentou correr quando viu a polícia. "Ele jogou a arma e tentou fugir, mas foi pego pelos policiais", disse o delegado. A arma que ele usava também foi encontrada. "Ele estava com uma pistola 357, é uma arma que não é fabricada no Brasil e que foi adaptada para funcionar com munição de nove milímetros", explicou o Feijó.

O homem foi autuado em flagrante pelo crime de porte ilegal de arma de fogo e por abandono de incapaz, pois a polícia ainda não sabia da situação do estupro. A moça violentada correu por outro lado e, de casa, telefonou para a polícia e relatou o crime. As características do suspeito fornecidas por ela batiam com as do homem que foi preso e ela foi conduzia à delegacia, onde reconheceu o homem. Na delegacia, o homem também foi autuado por estupro e por falsidade ideológica.

A vítima foi levada para o hospital e o menino para o Conselho Tutelar. Segundo o delegado, a criança vai ser entrevistada para saber se já sofreu algum tipo de abuso. Biologicamente, o menino é neto do suspeito, mas é criado como filho por ele e a mulher dele, que trabalha como agente penitenciária.

O homem não tinha antecedentes criminais, mas a polícia acredita que não foi o primeiro estupro que ele cometeu. "O moto como ele agiu demonstra que não foi um ato de impulso, impensado, ele não estava alcoolizado e tinha esses equipamentos para se passar por policial", disse o delegado.

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