Brasília (Folhapress) A posse dos cinco novos ministros do governo Lula trouxe de volta ao Palácio do Planalto o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a senadora Roseana Sarney (MA). Os dois lideram o grupo dos senadores que vinha demonstrando insatisfação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ele ter privilegiado os deputados em detrimento dos senadores do partido na reforma ministerial.
Renan e Roseana não estiveram na última posse, quando assumiram os ministros da Agricultura, Saúde e Turismo. A ausência, na ocasião, foi proposital. Mas na quinta os dois grupos selaram as pazes num jantar na casa da senadora.
A reportagem apurou que o presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP), e Renan ensaiaram uma reaproximação. Os dois não se falavam desde o acirramento da disputa pelo comando do partido. Chegaram à conclusão de que o PMDB ganha mais se as duas alas se unirem.
Os dois grupos fizeram um pacto para que um não avance nos cargos de segundo escalão do outro. Com isso, Temer se comprometeu a não levar adiante a tentativa dos deputados de tomarem a Transpreto do ex-senador Sérgio Machado (PMDB-CE).
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), disse que o jantar cumpriu seu objetivo de aparar as arestas. "Está tudo redondo, acabou a crise", afirmou.
O encontro desta semana foi uma preparação para um jantar que as bancadas do PMDB na Câmara e no Senado pretendem oferecer para o presidente Lula. A reunião seria nesta semana, mas foi adiado para depois do feriado da Semana Santa devido à agenda do presidente.
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