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Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

Um temporal que durou menos de uma hora, mas com ventos que atingiram até 80 quilômetros por hora, causou estragos em quase todas as regiões do Paraná ontem à tarde. Pelo menos sete pessoas ficaram feridas em Curitiba e nas regiões dos Campos Gerais, Central e Noroeste, as mais atingidas. Foram registrados destelhamentos, árvores e postes derrubados, e queda de energia elétrica. O alerta da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros continua: a previsão para hoje é de mais chuva, durante todo o dia, em todas as regiões do estado. O tempo só deve melhorar a partir de amanhã.

Em Curitiba o temporal começou por volta das 15h30 e pelo menos duas pessoas ficaram feridas. Na Rua Desembargador Westphalen, no Centro, azulejos de um prédio caíram sobre a cabeça de Elizete Duarte Barão de Carvalho, 35 anos. Ela foi levada ao Hospital Evangélico e submetida a uma tomografia. Até o fechamento desta edição, a outra pessoa ferida não havia sido identificada. Ela teria sido atingida por uma telha.

O Corpo de Bombeiros recebeu pelo menos 50 chamadas referentes a quedas de árvores. Uma delas interrompeu o trânsito na Rua Piauí, entre as Ruas Montese e Padre Isaías de Andrade, no bairro Parolin. "Já liguei para a prefeitura, solicitando que cortem essas árvores, mas até agora não fizeram nada", reclamou o auxiliar de enfermagem João Masei, 43 anos. Uma das ruas mais atingidas na capital foi a João Falarz, no Campo Comprido, onde sete postes foram derrubados. No terminal do Campo Comprido, o vento derrubou uma guarita e cinco vidros das laterais. Parte do telhado da sede do 12.º Batalhão da Polícia Militar, no bairro Santa Quitéria, também caiu.

De acordo com a Copel, pelo menos 134 mil residências e estabelecimentos, em 49 bairros da capital, ficaram sem energia elétrica, assim como os semáforos de vários cruzamentos. Na região metropolitana, os municípios mais atingidos foram Colombo e Campina Grande do Sul.

Em Londrina, foram registrados estragos em toda a cidade. Os bombeiros receberam cerca de 50 ligações entre 15 e 16 horas, a maioria referente a quedas de árvores. No calçadão do centro, uma árvore caiu. Uma mulher foi ferida levemente em uma das pernas.

Na Universidade Estadual de Londrina (UEL), outra árvore atingiu a rede de alta tensão. Um poste e um transformador foram derrubados. No Centro de Comunicação e Artes, a energia foi restabelecida no fim da tarde. Já nos centros de Ciências Humanas e de Estudos Sociais Aplicados, cerca de 3 mil alunos não tiveram aulas ontem à noite. De acordo com a Copel, cerca de 20 mil pessoas ficaram sem energia em Londrina e outras cidades da região, como Arapongas, Apucarana e Ivaiporã.

Em Maringá, no Noroeste, o vento arrancou a cobertura metálica de um complexo de lojas populares em frente ao Terminal de Ônibus Urbano, no centro. Segundo os bombeiros, três pessoas ficaram feridas sem gravidade, entre elas uma menina de 4 anos.

Em Campo Mourão (Centro-Oeste), o temporal começou às 13h45 e durou cerca de dez minutos. Foi o suficiente para destelhar seis casas e derrubar árvores e outdoors. Uma pessoa ficou ferida com mais gravidade. Arlindo Marçal da Silva, 47 anos, teve lesões nas costas ao cair de uma altura de quatro metros, do telhado de sua residência. Ele foi encaminhado à Central Hospitalar da cidade e não corre risco de morte.

Na localidade de Rio da Areia, em Cruz Machado, no Sul, o chalé de uma pousada foi levado pelo vento e parou na BR-476, entre São Mateus do Sul e União da Vitória. O trecho ficou interditado por quase uma hora.

Na Região Central do estado, a ventania começou por volta de 13 horas e durou aproximadamente 30 minutos. Em Guarapuava, foram registrados cerca de 40 destelhamentos e várias quedas de árvores. Em Laranjeiras do Sul, a garagem da Polícia Militar desabou. No município de Pinhão, a chuva derrubou uma torre telefônica e destelhou 15 residências e uma igreja.

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