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Uma greve pode deixar Curitiba sem os serviços de limpeza pública a partir da próxima terça-feira (18). O sindicato da categoria diz que a negociação salarial deste ano não foi satisfatória e os órgãos responsáveis já teriam sido avisados de que um indicativo de greve por tempo indeterminado foi aprovado, na tarde de quinta-feira (13), pelos trabalhadores. Uma última tentativa de negociação com os patrões ainda deve ocorrer na segunda-feira (17), em uma audiência no Ministério do Trabalho. Após esse encontro, uma assembleia decisiva dos trabalhadores, que confirma ou rejeita a greve, está marcada para a manhã de terça.

O Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco) informou que o pedido dos trabalhadores é de reajuste de 20% nos salários e de 30% no vale-refeição. Até o momento, a Cavo ofereceu, no melhor cenário, 8,5% para a folha de pagamento e 9,5% para o auxílio. Mesmo com a grande distância entre o pedido dos funcionários e a proposta da empresa, a Cavo informou, via assessoria, que não haverá greve.

Aproximadamente 2,5 mil funcionários atuam na limpeza de ruas, avenidas, praças e outros espaços públicos. O Siemaco diz que em caso de greve, a princípio, apenas a coleta do lixo hospitalar deve ser mantida. Os trabalhadores de braços cruzados deixariam de capinar, varrer as ruas, roçar passeios e calçadas e também não coletariam nem o lixo residencial orgânico e nem o reciclável. Os motoristas dos caminhões também parariam, já que não teriam quem levar para prestar os serviços.

Outro lado

A empresa diz que as negociações ainda estão em andamento e que há margens em ambos os lados para a negociação. A Cavo não acredita na greve a partir de terça, porque, além de confiar no acordo, seria necessário tomar uma série de medidas antes de paralisar as atividades. Segundo a empresa, como a limpeza é um serviço de utilidade pública, existe um porcentual mínimo de atendimento que precisa ser feito.

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, por sua vez, disse, via assessoria, que por enquanto a Prefeitura de Curitiba acompanha a negociação entre trabalhadores e a Cavo, mas que não pode se pronunciar sobre o assunto até que haja uma definição.

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