
A prefeitura de Curitiba abriu o edital de licitação para construir uma trincheira no trecho norte da Linha Verde, que vai interligar os bairros Bacacheri e Bairro Alto. A contrapartida do município para a segunda etapa da Linha Verde que compreende o trecho entre os bairros Jardim Botânico e Atuba será de R$ 12 milhões.
Embora o objetivo seja distribuir o tráfego, a obra foi antecipada para ser uma alternativa quando a prefeitura tiver de realizar alguns desvios no trânsito da região. Estão previstos outros investimentos como pavimentação, rede de drenagem e sinalização em alguns trechos dos bairros. Depois da aprovação do governo federal e do Senado, a prefeitura deve assinar um financiamento de 72 milhões de euros cerca de R$ 200 milhões com a Agência Francesa de Desenvolvimento para aplicar uma grande parte do valor na Linha Verde Norte.
Mobilidade
Hoje, os motoristas que estão na Rua Fagundes Varela acabam passando por um contorno e um semáforo antes de chegar à antiga rodovia. Após a implantação da trincheira, o motorista vai virar na Rua Gustavo Rattman e atravessar o novo acesso em direção à Rua José Zgoda. Também haverá calçadas para os pedestres. "É uma melhoria da qualidade de vida na redução da distância e do tempo. A mobilidade urbana só tem a contribuir para o comércio local", afirma o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Cléver Almeida.
Abaixo-assinado
Segundo Eugênio Gery, proprietário de um salão de beleza do Bacacheri, em certos horários a Rua Gustavo Rattman chega a ter duas quadras de congestionamento. Já a estudante Andressa Alves de Campos reclama que no início da manhã e no fim da tarde, o trânsito na José Zgoda fica muito congestionado. No entanto, 200 moradores do Bacacheri fizeram um abaixo-assinado para pedir que a trincheira passasse por outra rua do bairro. Para o proprietário de uma escola de mergulho, Joaquim Xavier Rego, haverá muito tumulto por causa do fluxo intenso de caminhões e ônibus no local, e o ideal seria a construção de um viaduto. Já para o vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, o engenheiro civil Gilberto Piva, a cidade precisa de mais espaços para os ônibus, além de educar o povo para usar as passarelas que forem construídas.



