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Os professores das instituições federais de ensino superior de todo o país podem entrar em greve a partir de agosto. A Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), sindicato que representa a categoria, aprovou um indicativo de greve para o mês que vem, durante um Conselho Nacional ocorrido em Fortaleza no último fim de semana. A partir de agora, as seções sindicais espalhadas pelo Brasil vão realizar assembléias para decidir, até o dia 19 de agosto, se começam a paralisação ou não. A possível greve está marcada para a segunda quinzena do mês.

Se realmente acontecer, a greve afeta duas instituições de ensino no Paraná: o Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-PR) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR). A Seção Sindical dos Docentes do Cefet-PR (Sindocefet-PR) espera realizar uma reunião no dia 10 de agosto. Os professores do Cefet-PR já haviam aprovado em 8 de julho um indicativo de greve sem data marcada.

Insatisfação

Adilson Gil Tavares, um dos diretores do sindicato, acha difícil prever se os professores vão aceitar a greve ou não, mas garante que o clima entre os docentes é de insatisfação. "Os professores estão indignados e não acreditam na alegação de que não existe dinheiro para as universidades. O mar de lama em que está o governo mostra que dinheiro existe", conta.

A Associação dos Professores da Federal (Apufpr) ainda não resolveu se vai seguir a determinação da Andes ou não. A entidade deve se reunir na próxima semana para decidir quando vai realizar assembléias.

Reivindicações

Os docentes consideram desrespeitosa a proposta do governo federal, que ofereceu um reajuste de 0,1% a todos os servidores públicos para o ano de 2005. Além disso, o governo afirma que deve fazer reajustes salariais apenas em 2006. Os professores querem um reajuste de 18% nos salários e a incorporação das gratificações, que, segundo eles, algumas vezes são maiores do que os próprios salários. Eles pedem também a abertura de concursos para a contratação de mais docentes.

A paralisação, em termos gerais, tem como bandeiras a valorização do trabalho do professor, a defesa da universidade pública, gratuita, autônoma, democrática e de qualidade e a luta contra a mercantilização da educação e pelo aumento do orçamento para as instituições federais de ensino superior.

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