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A Universidade Federal do Paraná (UFPR) será a primeira a ter um acadêmico como trainee na Roche, uma das maiores indústrias farmacêuticas do mundo. A parceria, que será anunciada oficialmente hoje, começou a ser desenhada no início do ano pelo chefe do grupo de genômica médica da Roche, Éverson Nogoceke e pelo diretor de Ciências da Saúde da UFPR, Rogério Mulinari. "O Éverson chegou a estudar na Federal e isso facilitou esse contato", explica Muninari.

Oficialmente o acordo já está aprovado, mas a UFPR vai instalar uma comissão científica para definir o nome do pesquisador a ser contemplado pela bolsa. "Será alguém que tenha alguma ligação com a instituição, ou como professor, servidor ou como aluno de algum dos nossos programas de pós-graduação ou mestrado."

Treinamento

O acadêmico escolhido irá morar na região da Basiléia, na Suíça, e irá atuar no Centro Roche de Genômica Médica

(CRGM) – área que estuda as atividades dos genes com fins farmacêuticos. O laboratório é referência mundial na área e conta com quase 100 cientistas trabalhando em vários projetos de pesquisa em câncer, doenças auto-imunes, inflamatórias, virais, metabólicas, cardiovasculares e neurodegenerativas.

De acordo com Nogoceke, o trainee terá treinamento na área de genética humana, genômica funcional e proteômica (estudo das proteínas produzidas pelos genes).

O acadêmico vai ter os custos de moradia pagos pela Roche e irá receber uma bolsa de 2 mil euros mensais. O contrato é de um ano e pode ser prorrogável.

Segundo Mulinari, uma das preocupações da universidade é com a transmissão dos conhecimentos adquiridos para a comunidade acadêmica da UFPR. "São áreas em que a pesquisa aqui ainda é incipiente. Por isso só temos a ganhar."

Em um segundo momento, a Roche poderá disponibilizar outra vaga de trainee para um estudante da UFPR. A parceria da Roche deve ser estendida a outras universidades brasileiras. "Recebemos um bom número de estudantes da China e até mesmo do Brasil. Mas pela primeira vez haverá esse caráter institucional, essa parceria que não envolve apenas a Roche e um estudante, mas também a instituição que ele representa", afirma Nogoceke.

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