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Grupo que não pertence ao DCE ocupou o prédio há 11 dias. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Grupo que não pertence ao DCE ocupou o prédio há 11 dias.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A Reitoria da UFPR solicitou à Justiça Federal, nesta sexta (11), a reintegração de posse de dois imóveis invadidos por manifestantes. O prédio da administração foi ocupado há 11 dias por um grupo que não pertence ao Diretório Central dos Estudantes (DCE). O restaurante central da universidade continua ocupado desde 9 de junho pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior no Paraná-Sinditest.

A ocupação continua mesmo após o encerramento, nesta sexta, da greve dos professores. De acordo com uma nota divulgada pela UFPR, a reintegração de posse foi solicitada por meio da Procuradoria Federal “porque foram frustradas todas as tentativas da administração de dialogar com os invasores da Reitoria, estudantes que não representam o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e os diretores do Sinditest que ocupam o RU central”. A Reitoria aguarda que o pedido seja atendido nas próximas horas.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) foi informado da notificação e anunciou que uma assembleia dos estudantes está marcada para segunda-feira (14) à noite. “A solicitação do DCE será para que a PRA [Pró-Reitoria Acadêmica] não intervenha antes das próximas deliberações”, afirmou em entrevista à Gazeta do Povo, Jhenifer Batista, responsável do diretório.

Representantes do comando de greve estudantil informaram ainda não ter recebido nenhuma notificação judicial a respeito da reintegração de posse. Em princípio, o grupo permanece no local até a assembleia de segunda-feira, quando os rumos da greve estudantil voltam a ser debatidos. Não há “clima de tensão” entre os estudantes ocupados, segundo a estudante Graziele Oliveira, da comunicação do comando de greve.

O pedido de reintegração de posse ocorreu no mesmo dia em que a assessoria de imprensa da universidade havia informado que não era intenção da UFPR ingressar imediatamente com medidas “mais graves”. A intenção é “usar todas as alternativas para resolver essa situação por diálogo”, afirmou.

Pagamentos suspensos

A administração da UFPR alega que, por causa da ocupação, não conseguiu efetuar no quinto dia útil de setembro (9), os pagamentos das bolsas estudantis, inclusive as de atleta, cultura, extensão, iniciação científica, monitoria, PROBEM, SIBI e 100 anos, entre outras.

Outro prejuízo, segundo a instituição, refere-se ao repasse de verbas e auxílios para apresentação de trabalhos e participação em eventos científicos.

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