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Crime

Um ano depois, vítima de racismo ainda sofre efeitos da intolerância

Atacado por skinheads, jovem precisou ser internado em hospital psiquiátrico

Uma agressão covarde cometida há um ano ainda mexe com a vida de uma família curitibana. Por volta das 7h30 da manhã do dia 18 de setembro de 2005, o estudante William, 19 anos, foi agredido por um grupo de jovens nazistas, próximo à Praça Osório, no Centro de Curitiba. Ele recebeu golpes de tesoura na barriga e teve o intestino perfurado. William, que é negro e homossexual, escapou da morte, mas não do trauma: na semana passada o estudante foi internado no Hospital Psiquiátrico Nossa Senhora da Luz, em Curitiba.

Segundo a mãe de William, depois da agressão o rapaz tentou o suicídio três vezes. "Ele surtou", define Marli. "Quando o médico receitou um remédio, ele tomou o vidro inteiro, tentando se matar. Há um mês, tomou veneno para matar ratos. E, no último sábado (dia 9 de setembro), tentou cortar os pulsos com uma faca." O estudante foi internado na segunda-feira passada. "Ele piorou bastante nos últimos seis meses", afirma a mãe. O estudante está sendo avaliado e o hospital não divulgou nenhum diagnóstico sobre seu problema.

Carecas

Os agressores de William foram reconhecidos e presos cerca de um mês depois da tentativa de assassinato. Eles são skinheads ("cabeças raspadas", em inglês), jovens que pregam o ódio a negros, judeus, homossexuais e estrangeiros. Nacionalistas e conservadores, defendem políticas de extrema direita. Odeiam democratas, liberais, socialistas, anarquistas e punks e defendem a violência como forma de chegar ao poder. Têm as cabeças raspadas e usam coturnos, suspensórios, roupas camufladas e camisetas brancas. A origem de tal ideário é o movimento nacional-socialista (nazista), que chegou ao poder em 1933 na Alemanha, comandado por Adolph Hitler. Já o movimento skinhead surgiu na Inglaterra, no fim dos anos 60.

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