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As pessoas podem se transformar através da leitura de livros. A constatação é do pós-doutor Ezequiel Teodoro da Silva, professor da Unicamp (SP), que dedicou seus anos de estudo à temática da leitura. Ele diz que uma biblioteca amplia a visão do mundo e as fronteiras de participação dentro da própria comunidade. "Acho que um acervo leva com ele a esperança de fazer as pessoas se movimentarem para outros lugares", afirma. "O livro é o mestre dos mestres. Ele contém possibilidades. Mas sozinho é morto. Quem dá vida para ele é o leitor."

Segundo o professor, uma comunidade carente montar uma biblioteca é sinal de amadurecimento. Ele lamenta, porém, que não tenha sido a prefeitura a ter essa iniciativa, já que a promoção cultural é dever do poder público. "Você não pode tirar o mérito da iniciativa da comunidade, mas educação e cultura são obrigações do Estado", afirma. "A biblioteca tem que ter sistemática, senão não cresce. Ela perece."

Em artigo publicado ontem na Gazeta do Povo, a presidente da Câmara Brasileira do Livro, Rosely Boschini, afirma que é imprescindível a disseminação de bibliotecas públicas. O motivo é que a distribuição de renda no Brasil não permite que numerosas famílias ofereçam a seus filhos amplas possibilidades de leitura. Segundo ela, hábitos de leitura têm relação com a maior facilidade de aprendizado.

A secretária de Educação de Curitiba, Eleonora Fruet, destaca a importância dos livros. Segundo ela, das 175 escolas municipais, 153 têm bibliotecas. Eleonora reconhece, porém, que a Vila das Tor­res é um dos locais sem acervos públicos. De acordo com a secretária, está prevista a construção de uma biblioteca municipal junto com um laboratório de informática.

Paralelo a isso, a Fundação Cultural de Curitiba tem projetos inéditos. Para 2010, quer implantar o Biblioparque, em que serão emprestados livros nos parques da capital. Até o fim da atual gestão, em 2012, a equipe da fundação pretende transformar 11 bibliotecas em casas da leitura, espaços destinados à formação de leitores. Outras propostas, essas em fase inicial, preveem empréstimos de livros nos terminais de ônibus e disponibilização de obras dentro dos próprios ônibus.

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