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Soldados do Exército trabalham na instalação da ponte móvel na PR-408, que faz a ligação entre Morretes e a BR-277 | Chunite Kawamura/SECS
Soldados do Exército trabalham na instalação da ponte móvel na PR-408, que faz a ligação entre Morretes e a BR-277| Foto: Chunite Kawamura/SECS

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Exército instala ponte móvel em Morretes

Uma ponte móvel feita de metal deve restabelecer hoje a ligação entre o município de Morretes e a BR-277. A antiga ponte, localizada sobre o Rio Sagrado Três, na PR-408, desabou na sexta-feira com as fortes chuvas que atingiram o litoral do estado. A estrutura móvel pertence ao Exército e estava em Porto União (SC). A previsão é de que a ponte de 32 metros de comprimento seja instalada hoje à tarde e permaneça no local por um mês, até que a ponte de cimento seja reconstruída. Já o helicóptero, também do Exército, prometido pela presidente Dilma Rousseff juntamente com a ponte metálica, deve chegar ao Paraná vindo do interior de São Paulo no começo da tarde de hoje. O equipamento deve se juntar a outro helicóptero da Polícia Militar, responsável pelo resgate de pessoas ilhadas e transporte de mantimentos.

Moradores de regiões afetadas pelas chuvas no litoral do Paraná devem ser amparados com a liberação de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e a antecipação de benefícios do Instituto Nacional do Se­­guro Social (INSS). O governo federal também estuda a criação de uma linha especial do programa Minha Casa, Minha Vida para fi­­nanciar a construção de até 1,5 mil novos imóveis para as famílias de­­sabrigadas. As informações são do ministro da Integração Nacio­nal, Fernando Bezerra Coelho, que visita hoje à tarde as áreas atingidas.Coelho também tem reunião agendada, em Curitiba, com o governador Beto Richa (PSDB) e com os prefeitos de Antonina, Morretes e Paranaguá. O ministro deve anunciar a primeira leva de recursos para atendimento emergencial na região. "O dinheiro chegará de forma bastante rápida, entre oito e dez dias estará na conta do governo do estado", afirmou ontem, após audiência em Brasília com representantes das cidades envolvidas, do governo estadual e da bancada paranaense no Con­gresso Nacional.Embora tenha sinalizado que o Paraná receberá o mesmo tipo de socorro destinado a tragédias similares, como a ocorrida em janeiro na região serrana do Rio de Janeiro, o ministro foi cauteloso e evitou falar em números. "O governo federal não terá recursos para atender a todas as demandas", antecipou. Na semana passada, em um caso parecido com o paranaense, o ministério liberou R$ 10 milhões para so­­correr os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Os repasses dependem do aval da Secretaria Nacional de Defesa Civil, vinculada à pasta da Inte­gração Nacional. Ontem, Beto Richa decretou estado de calamidade pública em Anto­nina e Mor­retes, medida que agiliza a liberação de recursos. Já Paranaguá decretou situação de emergência, estágio anterior ao de calamidade.

Os decretos precisam ser avalizados pela secretaria para haver a liberação de recursos. "Após a visita, iremos aguardar a formalização dos pleitos e definir prioridades", declarou o ministro. Ele sugeriu que o governo do estado centralize as demandas e o recebimento das verbas.

"Essa coordenação entre os governos é importante porque a resposta chega mais rápido a quem precisa", afirmou a senadora Gleisi Hoffmann (PT), que agendou a reunião de ontem.

Infraestrutura

O auxílio será dividido em duas frentes. A prioridade é recuperar a infraestrutura destruída (ruas, estradas e pontes). "Sem vias de acesso, não tem como chegar a ajuda, por isso a prioridade", disse o secretário estadual de Infraes­trutura e Logística, José Richa Filho, que esteve na audiência.

A outra frente abrange a assistência direta às vítimas das chuvas. Se a antecipação do benefício de INSS seguir os moldes adotados no Rio de Janeiro, os moradores de regiões afetadas terão direito ao adiantamento de um mês de pagamento, que serão descontados sem juros de 36 pagamentos futuros, a partir de dois meses de carência.

No caso do FGTS, o trabalhador poderá sacar até R$ 5,4 mil da própria conta no fundo, dependendo do saldo. Ambos os benefícios, porém, dependem de o estado reconhecer a situação de calamidade da região. Só terá direito quem comprovar que mora em uma das áreas afetadas.

Já a possibilidade de participação na linha de crédito extraordinária do Minha Casa, Minha Vida, ainda depende de um acordo financeiro entre estado e União. No Rio de Janeiro, foram ofertadas 6 mil residências financiadas pelo programa a vítimas das chuvas. Bezerra Coelho também adiantou que os municípios atingidos poderão receber antecipação de repasses previstos para obras inseridas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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