A Universidade de Brasília (UnB) anunciou que irá adotar um "selo" de identificação para estudantes e servidores já imunizados contra a Covid-19. O adesivo, um círculo amarelo com desenhos estilizados do coronavírus e de uma seringa, deverá ser fixado em um documento com foto e servirá para permitir o ingresso de professores, servidores e estudantes nas dependências da instituição. A UnB deve iniciar novo semestre acadêmico em junho. Desde fevereiro deste ano, a universidade já exigia o passaporte da vacina de professores e estudantes.
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“Para mim, isso é uma forma de protelar a retirada do passaporte sanitário e dar uma nova carinha no processo de segregação de pessoas. Pessoas como eu que não se vacinaram não têm acesso ao selo...aliás, eu não quero um de jeito nenhum, é vergonhosa essa decisão!”, diz a professora da UnB Selma Kückelhaus, doutora em Ciências Médicas.
Em janeiro deste ano, a professora renunciou ao cargo de coordenadora do curso de Medicina da UnB por discordar da adoção da exigência de passaporte da vacina para acesso à universidade. “As vacinas correntes e experimentais não impedem nova infecção, tampouco o contágio. Isso é fruto das mentes embotadas pelo medo”, disse ela na época à Gazeta do Povo.
Conforme um documento do Comitê de Coordenação das Ações de Recuperação (CCAR) da UnB, o acesso a todas as edificações da UnB será viabilizado por meio de um “selo institucional”. O símbolo funcionará como comprovante da situação vacinal atualizada dos membros da comunidade universitária (estudantes de graduação e pós-graduação, servidores, docentes, técnicos, estagiários e funcionários terceirizados). Ele deverá ser afixado em documento de identificação com foto (RG, CNH, carteira funcional ou estudantil, crachá, entre outros), e ser apresentado na entrada das edificações ao vigilante ou porteiro responsável pelo controle de acesso aos prédios.
Ainda de acordo com o documento, o selo institucional somente deverá ser entregue após a conferência do comprovante de vacinação. Ao receber o selo, o estudante ou funcionário também deverá assinar uma lista, que posteriormente será encaminhada ao CCAR. As orientações, assinadas pelo vice-reitor e presidente da CCAR Enrique Huelva Unternbäumen, foram divulgadas no dia 28 de abril -- seis dias depois, portanto, de o Ministério da Saúde ter anunciado o fim da situação de emergência sanitária em Covid-19.
Segundo dados da própria UnB, divulgados em dezembro do ano passado, mais de 90% de toda a comunidade acadêmica já completou o esquema vacinal.
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