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As universidades públicas do Paraná apresentam dados divergentes para o aumento na taxa de abandono apontado pelo Instituto Lobo para o Desen­­volvimento da Educação, da Ciência e da Tecnologia. Segundo os representantes das entidades, as diferenças podem ser atribuídas ao uso de metodologias distintas para calcular a evasão.

Para chegar aos índices de evasão de 2009, o pesquisador do Instituto Lobo utilizou como cálculo básico do estudo a comparação entre o número de alunos que estavam matriculados em 2008, subtraídos os concluintes, com a quantidade de alunos matriculados no ano de 2009, subtraindo-se deste último total os ingressantes desse ano. Assim, mede-se a perda de alunos de um ano para outro: a evasão anual.

Na Universidade Federal do Paraná (UFPR), a pró-reitora de graduação, Maria Amélia Sabbag Zainko, informa que são considerados evadidos os alunos que abandonam, desistem ou pedem transferência para outras instituições. Considerando esses três casos, em 2010, a Federal somou 2,2 mil estudantes evadidos (que custaram R$ 3,3 milhões aos cofres públicos), ou pouco menos de 10% do total de alunos. Segundo ela, essa é a média histórica da instituição. A UFPR está desenvolvendo um trabalho para tentar baixar esse porcentual, voltado principalmente à adequação curricular e ao assessoramento didático-pedagógico dos professores.

A UTPR utiliza indicadores e equações do Tribunal de Contas da União para contabilizar sua evasão. Por esse método, em 2009, os porcentuais de evasão ficaram em 11,6% nos cursos bacharelado e licenciatura (que tinham matriculado 7.671 estudantes) e 15,5% nas graduações do setor tecnológico (do total de 9.651 matriculados). A pró-reitora adjunta de Graduação e Educação Profissional, Simone Acosta, não apresentou dados de anos anterior, porque, segundo ela, antes de 2009 os cálculos eram feitos obedecendo outros indicadores. Os porcentuais apresentados em 2009, porém, estariam dentro da média histórica da instituição.

Estaduais

O professor Alcibíades Luiz Orlando, reitor da Unioeste e presidente Associação Para­­naense das Instituições de Ensino Superior (APIESP), entidade que representa as universidades públicas estaduais do Paraná, informa que cada instituição tem uma metodologia diferente para calcular a evasão e que a taxa apresentada por elas fica bem abaixo da apontada pelo Instituto Lobo. "Nós não consideramos evadidos os alunos que trancaram matrícula. Isso pode explicar parte da diferença", comenta.

Em 2009, a estadual que apresentou a maior evasão foi a Unioes­­te, com 14% e o menor porcentual foi acusado pela Universidade Estadual de Londrina, 6,47%. Segundo Alcibíades, os índices não apresentaram variação expressiva nos últimos anos.

O índice projetado pelo Instituto Lobo para as universidades particulares coincide com os dados apresentados pelas instituições privadas do Paraná, segundo a regional estadual do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe).

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