A Urbs, Urbanização de Curitiba S/A, enviou novas sugestões para o Ministério Público Estadual (MPE), nesta quinta-feira (29), para evitar o vandalismo no transporte público em dias de futebol. No último domingo (25), dia do clássico Atletiba, foram danificados 28 ônibus, um deles teve perda total. A sugestão da Urbs é que em dias de clássico sejam adotadas as mesmas medidas que acontecem nos dias de eleição. A sugestão será analisada pelo MPE.
Nesta quinta, o presidente da Urbs, Marcos Isfer, entregou ao procurador-geral da Justiça do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior Neto, sugestões de medidas que considera necessárias para se somarem às propostas em discussão entre o Ministério Público, torcidas organizadas e policiamento militar na capital.
Entre as sugestões da Urbs estão cadastramento de quem for flagrado em atos de vandalismo ou arruaças; proibição da entrada destas pessoas nos estádios; mecanismos de prisão temporária, como acontece em dias de eleição com pessoas flagradas fazendo boca de urna; responsabilização dos vândalos e pais, no caso de menores de idade, judicialmente, com exigência legal de ressarcimento dos prejuízos causados e prestação de serviços comunitários.
Marcos Isfer aposta no resultado positivo de ações de fiscalização baseadas na repressão à prática de boca de urna em dias de eleições. Ele considera ser possível contar com um espaço seguro de confinamento temporário como é feito em dias de eleição, para onde quem seja flagrado praticando vandalismo ou incitando arruaça possa ser levado pelos policiais. "Tudo de acordo com a lei, acompanhado por promotores, contando com a participação de juízes, enfim como é feito nas eleições", afirmou Isfer ao site de notícias da prefeitura de Curitiba.
A penalidade, segundo Isfer, ficaria a cargo da lei e da Justiça, mas pode ser possível montar até mesmo uma programação de reeducação e conscientização com palestras e vídeos no período de confinamento. A medida também permitiria o cadastramento dessas pessoas que seriam identificadas na entrada dos estádios, sofrendo penalidades bem mais severas em casos de reincidência.
Prejuízos
O custo do vandalismo no sistema de transporte em Curitiba chega a uma média de R$ 270 mil por mês. Entram nesta conta vidros pichados, janelas quebradas, estações tubo, ônibus danificados e equipamentos como sanitários, torneiras, azulejos, espelhos e paredes danificados ou pichados em terminais de transporte. A soma dos prejuízos no sistema, até setembro, chega a quase R$ 2,5 milhões, de acordo com a Urbs.
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