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Segundo testemunhas, um veículo desrespeitou a preferencial e bateu na van que transportava os estudantes | Fotos: Albari Rosa/Gazeta do Povo
Segundo testemunhas, um veículo desrespeitou a preferencial e bateu na van que transportava os estudantes| Foto: Fotos: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Dicas

Veja quais cuidados que os pais devem tomar antes de contratar o transporte escolar:

- Verificar se o veículo tem o selo de licença para trafegar da prefeitura. Em Curitiba, ele é emitido pela Urbs.

- Nas vistorias feitas pela Urbs são averiguados itens de segurança como pneus, extintor, tacógrafo, cinto de segurança e abertura máxima de 15 centímetros das janelas. As vistorias devem ser feitas a cada seis meses.

- A autorização para trafegar deve ser afixada na parte interna do veículo contendo o número máximo de passageiros permitido pelo fabricante.

- O condutor deve ter mais de 21 anos, habilitado nas categoria "D" e "E" e ter registro de condutor de transporte escolar no Detran.

- Exija a presença de um monitor para auxiliar o motorista.

- Informações sobre o cadastro do veículo (Licença para Trafegar), a habilitação do motorista (Certificado Cadastral do Condutor) e a lista de prestadores de serviços mais próximos da região de cada escola podem ser obtidas pelo telefone (41) 3320-3321. O atendimento é das 8h30 às 17 horas, de segunda a sexta-feira.

Fonte: Urbs

Um acidente envolvendo uma van escolar, no início da tarde de ontem, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, deixou 12 crianças feridas, três delas em estado grave, segundo o Corpo de Bombeiros. De acordo com a Guarda Municipal de Pinhais, o veículo transportava 24 pessoas no momento do acidente (22 crianças e dois adultos), quatro acima de sua capacidade. A Guarda Municipal também informou que a van – apelidada de "Tio Emerson" – está em fase de licenciamento e não poderia transportar os estudantes. O motorista, Emerson José dos Santos, 32 anos, disse que transportava 19 crianças. A colisão aconteceu na Rua Jacarezinho, por volta das 12h50. Uma menina de 12 anos, com ferimentos na cabeça, foi levada pelo helicóptero da Polícia Rodoviária Federal para o Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul. Ontem à noite, ela aguardava resultados de exames na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Outra criança de 12 anos foi levada para o Hospital do Tra­balhador, em Curitiba, onde foi submetida a uma cirurgia. O estado de saúde dela é grave, mas estável, segundo a assessoria do hospital. Ela sofreu uma lesão no quadril e uma fratura na perna. Um garoto de 7 anos, com ferimentos na cabeça, foi atendido no Hospital Evan­gélico, em Curitiba, mas não foram passadas informações sobre seu estado de saúde.

Outras cinco crianças entre 7 e 14 anos foram levadas para o Hospital Evangélico. Quatro apresentavam fraturas ou escoriações e não tinham previsão de alta. Uma delas, de 8 anos, ficou em observação porque teve os rins e os pulmões atingidos. As outras crianças sofreram escoriações, tiveram queda de pressão ou ficaram muito abaladas e foram levadas para o Hospital de Pinhais. Segundo testemunhas, nem todas as crianças usavam cinto de segurança no momento da colisão. O motorista nega a acusação.

Acidente

De acordo com testemunhas, um veículo Fiat Siena, dirigido por Gustavo Saddi Barbosa, 34 anos, furou a preferencial e atingiu a van, que transportava os alunos para o Colégio Ney Aminthas de Barros Braga, a pouco menos de 1,5 km do local do acidente. O delegado Fábio Amaro, da Delegacia de Pinhais, que está investigando o caso, disse que os dois motoristas foram submetidos a testes de bafômetro e que os resultados foram negativos. Eles também prestaram depoimento. O motorista da van afirmou que trafegava normalmente quando o outro carro, em alta velocidade, invadiu a preferencial. Com o impacto da batida, ele teria perdido o controle do veículo e capotado. "Eu transportava 19 crianças [no mo­­mento da acidente]. Transporto estudantes há vários anos e nunca me envolvi em um acidente", disse.

Já o motorista do Siena afirmou que, depois do acidente, tentou tirar satisfação com o condutor da van, mas reconheceu que estava errado. Segundo ele, a população cercou o veículo com a intenção de agredi-lo, o que foi impedido pela Polícia Militar. Ele chegou a ser hospitalizado com ferimentos leves, mas já foi liberado.

A delegacia instaurou um procedimento para apurar as responsabilidades. O Siena foi periciado pelo Instituto de Criminalística no local do acidente e a van será periciada ho­je. Os dois carros foram apreendidos e levados para o Bata­lhão da Polícia Militar em Pinhais. Todas as vítimas, além de testemunhas, devem ser ouvidas. Segundo Amaro, os motoristas assinaram um termo se comprometendo a comparecer em audiências judiciais referentes ao caso. O responsável pelo acidente deve responder por lesão corporal culposa, quando não há intenção de cometer o delito.

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Interatividade

O que deveria ser feito para reduzir os riscos de crianças transportadas por vans escolares?

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