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O deputado estadual do PT, Angelo Vanhoni, afirmou, na manhã desta quarta-feira, que a falta de consenso fez com que ele se ausentasse da votação da lei antinepotismo, na Assembléia Legislativa. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que proibia o nepotismo no estado foi derrotada. A votação, realizada no fim da tarde desta terça-feira (18) teve apenas 29 votos favoráveis. Eram necessários no mínimo 33. Na primeira votação, Vanhoni havia votado a favor do fim do nepotismo. A mudança de opinião na segunda votação deve custar votos ao político, como admite o próprio petista.

Vanhoni foi um dos nove parlamentares que optaram por não votar a emenda. Segundo o deputado petista, a justificativa foi a falta de consenso entre as emendas apresentadas pelo governador do estado, Roberto Requião, e seu companheiro de partido, Tadeu Veneri - autor do projeto.

Para Vanhoni o texto ideal da emenda deveria proibir o nepotismo cruzado, proposto por Requião, e a nomeação de cargos deveria ser estendida para todos os parlamentares. Em relação ao prazo para entrada em vigor, o deputado petista acredita que 180 dias é um tempo razoável.

Candidato à uma vaga no senado em 2006, Vanhoni acredita que sua ausência nesta importante votação, de grande clamor público, poderá trazer prejuízos em outubro. "Acredito que terá impacto sim nas eleições. Eu lamento, mas o que eu posso fazer?", disse o parlamentar quando perguntado sobre uma possível queda no eleitorado.

"Vou fazer o possível e o impossível para mostrar para a sociedade que sou contra o nepotismo no estado. Acredito que se votarmos uma nova emenda, mais completa, no máximo em 30 dias, talvez consigamos ir de encontro aos anseios da população", completa.

Anseios estes comprovados numa pesquisa feita pelo Paraná Pesquisa, e divulgada na edição de terça-feira pelo jornal Gazeta do Povo, que mostra que 83,54% das pessoas ouvidas aprovam a emenda constitucional que proíbe o nepotismo no Paraná. E que se dependesse da população de Curitiba, a PEC seria aprovada e passaria a vigorar já a partir deste ano. A pesquisa mostrou ainda que mais da metade – 66,87% – considera que a lei deveria valer imediatamente.

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