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O bispo de Franca (a 400 km de São Paulo), Dom Pedro Luiz Stringhini, entrou em contato com a Nunciatura Apostólica, a ‘embaixada’ do Vaticano no Brasil, para encaminhar formalmente as acusações contra o padre José Afonso Dé, de 74 anos. O padre foi indiciado na segunda-feira (12) pelos crimes de estupro de vulnerável e ato libidinoso com fraude. Ele nega as acusações.

"Esse é o procedimento comum, eu só fiz a formalização. Agora eu não falo mais, quem falará é a Justiça. Vamos aguardar o trabalho da justiça", afirmou o bispo.

Procurada pela reportagem do G1, a Nunciatura Apostólica não quis se manifestar sobre o caso nem falar sobre quais procedimentos devem ser seguidos internamente com relação ao padre.

Na segunda-feira (12), ele prestou depoimento durante oito horas e afirmou ser inocente. Em entrevista ao G1, também refutou qualquer abuso. "Eu sou inocente dessa acusação. Nunca cometi nenhum abuso sexual com ninguém", disse, na quinta (8), em Franca, antes de ser indiciado.

Na terça-feira (13), a delegada responsável pelo inquérito do caso afirmou ao G1 que indiciar o padre é um peso grande e como ele representa a Igreja para uma comunidade inteira, a responsabilidade é ainda maior. Ela, porém, afirmou estar certa que havia as provas necessárias para indiciar o padre.

De acordo com o advogado do pároco, Eduardo Caleiro Palma, o religioso afirma que não foi bem interpretado pelos jovens e que seu jeito pode ter confundido os adolescentes. Ele diz ser uma pessoa expansiva, que abraça as pessoas e por vezes pode beijar alguém no rosto, nada além disso. Segundo seu advogado, as recentes denúncias contra a Igreja Católica em casos de pedofilia podem ter causado a reação contra padre Dé.

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