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Lula já sabe qual será a origem da primeira dor de cabeça com seu recém-escalado time. O Ministério Público Federal avisou o presidente de que está prestes a ser concluída uma nova denúncia contra o titular dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), que já responde a três processos na Justiça Eleitoral por fatos relativos à campanha de 2006 para o Senado. Dos processos do ministro, o mais delicado o acusa de compra de votos. Sua campanha teria fornecido tíquetes de combustível juntamente com santinhos do então candidato numa carreata em Manacapuru. Mas não é nenhum desses casos que deve complicar a vida de Nascimento. Segundo o recado dado a Lula, o novo revés remete ao período do mensalão.

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Faxina – Na luta pelos postos do segundo escalão, o objetivo do PT é preservar seu tamanho no governo, e não exatamente os petistas nele instalados. A maioria dos cargos do partido é hoje ocupada por gente que ficou sem padrinho depois da crise do mensalão. Doce ilusão – Quem sondou a alma de Aldo Rebelo aposta que, apesar de todas as idas e vindas de Lula, o deputado do PC do B aceitaria de bom grado convite para substituir Waldir Pires. "É o velho sonho de todo esquerdista: mandar nas Forças Armadas", diz a raposa que o entrevistou. "Só que o ministro da Defesa não manda nada." Ponto futuro 1 – Já tem deputado tucano ansioso para colocar na praça o slogan "Aécio é 10", concebido para a possível campanha presidencial do governador de Minas. No projeto gráfico, as duas últimas letras do nome do neto de Tancredo ganham o formato dos números 1 e 0, referência ao ano da eleição. Ponto futuro 2 – Entre os entusiastas do movimento "Aécio é 10" destacam-se os deputados alckmistas, loucos para ver o circo de José Serra pegar fogo o quanto antes. Exterminadora – Com a demissão do secretário da Segurança Pública e a entrega do cargo do titular de Obras, chegarão a cinco as baixas no primeiro escalão de Yeda Crusius (PSDB). Antes mesmo da posse, a governadora do Rio Grande do Sul dispensou três nomes que havia anunciado.

No lucro 1 – Apesar de seu protesto público, a indústria está longe de perder o sono com o movimento da Anvisa para restringir a propaganda de bebidas alcoólicas, cerveja incluída. O que a apavora de verdade é a possibilidade de o governo impor limites aos pontos de venda, proibindo a comercialização, por exemplo, nas rodovias federais e na vizinhança de escolas. No lucro 2 – Vigente na maioria dos países, a restrição aos pontos de venda jamais passou da fase de "estudos" no Brasil. Quando ela esteve mais perto de ser estabelecida, no início do primeiro governo Lula, a indústria de bebidas mobilizou Duda Mendonça, então marqueteiro do presidente, para operar o lobby contra. Deu certo. Agenda comum – André Puccinelli (PMDB) vai recorrer da decisão judicial que paralisou a construção em Corumbá da siderúrgica da EBX, de Eike Batista. Delcídio Amaral (PT) foi à tribuna para defender a obra. Adversários, o governador e o senador receberam, cada um, R$ 400 mil do empresário na campanha. Na pressão – Metalúrgicos de SP vão espalhar cartazes com nome e foto dos parlamentares que votarem pela derrubada do veto à emenda 3, dispositivo que proíbe o auditor fiscal de multar empresas com prestadores de serviços em seus quadros. Bandejão – Arlindo Chinaglia (PT-SP) quer levar os restaurantes-escola do Sesc para a Câmara. Em almoço com representantes da entidade, lembrou até do mensalinho de Severino Cavalcanti para dizer que o atual sistema de concessões tem problemas.

TIROTEIO

* Do deputado Raul Jungmann (PPS-PE), sobre conversas entre membros do governo e do PSDB para acabar com a possibilidade de reeleição e ampliar o mandato presidencial de quatro para cinco anos.

– É o lobo na pele do cordeiro: acabam com a reeleição e dão a chance do terceiro mandato a Lula. A oposição só cai nessa se quiser.

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