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Saúde & bem-estar

Abra os olhos sem medo de curtir o sol

Calor, exposição, contato com areia e água salgada formam o ambiente ideal para alergias, infecções e queimaduras. Saiba como manter os olhos saudáveis até o fim da estação

Ninguém leva óculos de sol para as férias com a intenção de esconder inchaços ou irritações nos olhos. Mas é justamente nessa época do ano que os riscos aumentam e os cuidados com a saúde ocular devem ser redobrados. "As pessoas ficam mais expostas a ambientes contaminados, mais próximas umas das outras e têm um maior contato das mãos com os olhos, ações que facilitam a contaminação e o contágio", explica Tatiana Flores Ferreira, médica oftalmologista do Hospital Nossa Senhora das Graças.

O resultado disso são os surtos de conjuntivite, comuns no verão. "As emergências ficam cheias", lembra Luciane Moreira, médica oftalmologista responsável pela unidade de lentes de contato do Hospital de Olhos do Paraná. Os sintomas gerais, segundo Tatiana, são ardência, coceira, pálpebras inchadas, olhos lacrimejando e sensibilidade à luz. As infecciosas apresentam secreção, que pode ser mais amarelada se causada por bactérias e mais transparente se for viral.

Para evitar o contágio das formas infecciosas, não devem ser compartilhados colírios, toalhas e maquiagens, e é recomendável ficar longe de quem está contaminado. "Como nem sempre sabemos quem tem o problema, é importante lavar as mãos com frequência, com sabonete normal, e não coçar os olhos", diz Luciane. Quem tem muita coceira deve ir ao oftalmologista.

A água do mar ou da piscina também transmite a doença. Nesse caso, o indicado é nadar com óculos de mergulho. Além do risco de conjuntivite, a água salgada, a areia e o vento são agentes agressores. "A água do mar desidrata os olhos e causa vermelhidão. A areia está contaminada e, além de infecções, se não for retirada pode causar lesões de córnea", acrescenta. A recomendação é usar soro fisiológico tanto para a limpeza quanto para a lubrificação. Em uma emergência, lave com água mineral.

Indispensáveis

Não é só quem não tem colírio que deve usar óculos escuros. Eles devem ser usados por qualquer pessoa que fica exposta ao sol, principalmente se estiver na praia. "Desde as crianças até os adultos. Os efeitos da exposição aos raios ultravioletas são cumulativos, vem com o tempo", diz Tatiana. Décadas de exposição aos raios UV causam doenças como a catarata e a degeneração macular, essa última podendo levar a cegueira. O sol também pode ocasionar queimaduras nas pálpebras e fotoconjuntivite.

Bons óculos de sol com proteção UV evitam queimaduras e o envelhecimento das estruturas oculares. "Não há uma regulamentação, uma forma de saber se as lentes realmente protegem. O ideal é comprar o produto em lojas especializadas", diz Eric Gozlan, ótico proprietário da Eric Gozlan Lunettes. Ele alerta que lentes escuras não são sinônimo de proteção, pelo contrário. "Essas lentes fazem com que a pupila dilate e que os raios UV entrem em maior quantidade. Se não houver filtro, o prejuízo vai ser maior ainda", acrescenta Gozlan. Outras cores de lentes, como rosa, laranja ou amarelo, devem ser evitadas. "São para atividades específicas, nem sempre têm proteção". Além do óculos de sol, o veranista deve usar bonés, chapéus ou viseiras, capazes de impedir a entrada de luz por onde as lentes não protegem.

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