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Comércio

Água de coco gelada e um dinheirinho a mais

Com maior movimento nas praias, vender bebidas ou juntar latinhas de alumínio pode ajudar no orçamento familiar

Com a chegada do Ano-Novo, os comerciantes do litoral do Paraná comemoram os dias de maior movimento nas praias. Cerca de dois milhões de pessoas se deslocaram até a costa do estado para passar o réveillon, 700 mil só em Matinhos. Com todo esse consumo em potencial, moradores da região aproveitam para lucrar.

O estudante Felipe Ferreira Hernandes e a mãe, Maria Cristina Veiga Ferreira, trabalham em uma barraca com venda de água de coco e bebidas na beira da praia de Matinhos. Os dois aproveitaram e abriram o espaço para a noite da virada, aproveitando o movimento do show do palco logo à frente deles. "As coisas que mais vendemos foram água de coco e água mineral. Chegou até a faltar no fim da noite", explica Felipe. Trabalhando apenas na temporada, de dezembro até o Carnaval, o dinheiro ajuda a família no resto do ano.

Uma maneira mais simples de conseguir um dinheirinho extra nessa época é recolher latinhas de alumínio. A faxineira aposentada Maria do Carmo Gomes é de Maringá, mas mora no litoral desde 2003. Um costume da família é aproveitar a época para recolher as latinhas. "Não é muito dinheiro, mas como vários da família ajudam, conseguimos recolher bastante coisa e trocar. Depois usamos parte do dinheiro para comprar uma carninha mais gostosa", explica.

Os comerciantes da região também comemoram. Tarso Linhares Tebchirani tem uma loja de conveniências na beira mar de Matinhos há três anos. Apesar de ficar aberto o ano inteiro, o pico de movimento é sempre na temporada. Tarso também calcula que o movimento já tenha sido bem maior esse ano, e estima um aumento de 40% das vendas em relação ao ano passado. "O pessoal começou a vir mais cedo para praia esse ano, já pelo dia 20 de dezembro. Ano passado o movimento só começou mesmo perto da virada", diz Tarso.

O movimento de veranistas também aumenta a vende de peixes. O pescador de Matinhos José Oliveira tem sua venda garantida durante o ano inteiro, atendendo principalmente restaurantes, mas prefere o movimento da temporada. "É legal quando as pessoas vêm, pedem indicações, pedem receita, e depois voltam para contar que gostaram", diz José.

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