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precaução

Antes de entrar do mar, se informe sobre a presença de águas-vivas

No verão passado, 197 banhistas sofreram queimaduras. Em apenas um dia, foram registrados 139 casos nos balneários de Pontal do Paraná. Nesta temporada ainda não há nenhum registro

396 banhistas foram queimados neste verão nas praias do PR | Arquivo - Daniel Castellano /  Gazeta do Povo
396 banhistas foram queimados neste verão nas praias do PR (Foto: Arquivo - Daniel Castellano / Gazeta do Povo)

Os veranistas devem estar atentos à presença de águas-vivas no mar. Antes de entrar na água, a recomendação é consultar os guarda-vidas sobre o registro de pessoas com queimaduras naquele local. Na temporada passada, 197 banhistas tiveram queimaduras provocadas por águas-vivas. Em apenas um dia, foram registrados 139 casos nos balneários de Pontal do Paraná.

Não se sabe o que fez com as águas-vivas chegassem ao litoral do Paraná, porém, uma hipótese levantada foi de que os animais foram trazidos pela corrente marítima. Nesta temporada, até esta quarta-feira (29), nenhum caso foi contabilizado nas praias paranaenses, de acordo com o Corpo de Bombeiros.

Se a pessoa sentir ardência na pele, deve sair do mar de forma rápida. A substância liberada pelo animal causa queda pressão e a pessoa pode se afogar. Quando a água-viva entra em contato com a pele, haverá ardência no local queimado, vermelhidão e inchaço leve. "O banhista também poderá sentir dificuldade para respirar e nos casos mais graves, que são raros, a pessoa pode ter um choque anafilático (reação alérgica intensa, com fechamento da glote e taquicardia)", explica o capitão Leonardo Mendes dos Santos, relações públicas do Corpo de Bombeiros.

A pessoa deve lavar o local onde ocorreu o acidente com água do mar, para retirar as partes da água-viva que ainda restarem. Também é recomendado procurar um local onde haja vinagre e aplicar o produto sobre o local queimado. "O vinagre interrompe a ação da substância tóxica da água-viva e também alívia a ardência", afirma Santos. Segundo o capitão, o vinagre ainda não está disponível nos postos dos guarda-vidas nas praias porque não houve nenhum caso registrado. A informação oficial é de que a distribuição será feita assim que for necessário.

Uma precaução que se deve adotar é "não passar produtos caseiros, urina e água doce na queimadura ocasionada pela água-viva", alerta o médico dermatologista Carlos Bastos, presidente da regional Paraná da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A água doce fará com que as bolhas com veneno estourem e a substância poderá penetrar na pele. O médico orienta que também não se deve coçar essas bolhas – também para que não se rompam.

Bastos alertou ainda que o veranista precisa procurar um médico para receber o tratamento adequado. Poderá haver a prescrição de uma injeção de analgésico, que é mais potente e irá aliviar a dor. "O banhista também deverá procurar um hospital ou um posto de saúde se tiver febre, enjoo, vômito ou dor de cabeça", afirma o presidente da regional Paraná da SBD.

Os pais também precisam ficar atentos para evitar que as crianças sejam queimadas, pois os sintomas costumam ser mais intensos.

O Corpo de Bombeiros pede ainda que a pessoa que avistar ou entrar em contato com a água-viva avise as outras que estiverem se banhando perto dela, para que outros acidentes possam ser evitados. Os guarda-vidas também devem ser comunicados sobre o caso.

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