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Odete Maria do Nascimento sempre toma cuidado para verificar se o produto não foi descongelado | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Odete Maria do Nascimento sempre toma cuidado para verificar se o produto não foi descongelado| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Palmito, só com selo

Com a chegada do verão, é natural que os veranistas busquem alimentos mais leves, como saladas frescas. É aí que o consumo de palmito aumenta, sendo que boa parte do produto comercializado na tempoada é de origem ilegal, lembra o chefe de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Natu­­rais Renováveis (Ibama) no Para­­ná, Michel Marcusso Kawashita.

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Antes de fazerem suas compras, os veranistas devem redobrar a atenção diante da validade, procedência e acondicionamento dos alimentos vendidos no comércio do Litoral. Todos os anos, fiscalizações da Vigilância Sanitária apreendem grandes quantidades de produtos impróprios para o consumo, que circulam nas praias du­­rante o verão. Esse ano, antes mesmo da temporada começar, foram apreendidos cerca de 600 quilos de carnes e latícinios em situação irregular. Os alimentos foram apreendidos no último dia 18, um dia antes da abertura oficial da temporada no Paraná, em barreiras sanitárias nas estradas que chegam às praias: PR-508 (Matinhos), 407 (Pontal do Paraná) e 412 (Guara­­tuba).

Ao longo da temporada, novas barreiras serão feitas nas estradas e a fiscalização continua em estabelecimentos comerciais por todo o Litoral, informa a médica Lenora Catharina Rodrigo, diretora da Primeira Regional da Secretaria Estadual de Saúde, com sede em Paranaguá. Alimentos encontrados fora do prazo de validade ou que estiverem mal-acondicionados são retirados das prateleiras e inutilizados. "O comerciante perde o produto e ainda pode ter o estabelecimento interditado", alerta Lenora.

Na temporada, a fiscalização da Vigilância Sanitária ganha o apoio da Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu), força-tarefa do go­­verno do estado que reúne as polícias Civil e Militar, Corpo de Bom­­beiros, Conselho Tutelar, entre outros órgãos.

Saúde

Um dos principais riscos para quem ingere produtos estragados é contrair infecção alimentar provocada por bactérias, como clostri­dium ou salmonela. Essas bactérias se proliferam na comida, ex­­plica o médico Alceu Fontana Pa­­checo Júnior do Hospital Evangé­­lico e presidente da Sociedade Pa­­ranaense de Infectologia. "Ao ter sintomas como diarreia, febre e vômito, as pessoas devem procurar o serviço de saúde urgentemente", enfatiza. Em casos mais graves, o paciente precisa ser internado e corre risco de desenvolver septicemia (quando a infecção atinge o sangue), correndo risco de morte.

Pacheco Júnior alerta para que os veranistas sempre examinem os rótulos dos produtos, conferindo data de validade e procedência. Sobre os congelados, o infectologista explica que os consumidores devem ficar atentos para peças que apresentem sinal de gelo ou estejam molhadas. "É sinal de que houve desligamento do congelador, o que cria umidade em torno do produto. Essa variação de temperatura afeta a integridade do alimento, deixando-o mais vulnerável para a ação de microorganismos."

A zeladora Odete Maria do Nas­ cimento, de Pato Branco, Sudoeste, toma esse cuidado. "Já trabalhei em supermercado e sei que, à noite, muitas coisas são descongeladas. Por isso, sempre tomo cuidado", diz a moça, que ontem es­­­tava fazendo compras em Matinhos.

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