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Lixo se acumula na beira-mar de Caiobá. A situação é ainda pior em outros bairros | Giuliano Gomes/Gazeta do Povo
Lixo se acumula na beira-mar de Caiobá. A situação é ainda pior em outros bairros| Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo

Notificação

Empresa tem problema em outra cidade

Não é só no Litoral do Paraná que a empresa Leão Ambiental – contratada pelo governo estadual em caráter de emergência para fazer a coleta durante a temporada – tem tido problemas com o gerenciamento do lixo.

Na semana passada, a prefeitura de Ribeirão Preto, município do interior de São Paulo, notificou a empresa para normalizar o recolhimento. De acordo com a assessoria de imprensa da cidade, alguns bairros estão com lixo acumulado desde o Natal. Ribeirão Preto produz diariamente 500 toneladas de lixo. Após o Natal, esse número subiu para 900 toneladas/dia. Apesar do acúmulo, a Leão Ambiental também não foi multada em São Paulo. (GV)

Matinhos - Onze dias depois da promessa do secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, de que a coleta de lixo em Matinhos iria se regularizar, a situação ainda é complicada em alguns pontos do município. Na oportunidade, Rodrigues chegou a dar o número do seu celular para que fossem feitas as reclamações.

Nos bairros mais afastados do mar, mas que estão entre os mais populosos da cidade, sacolas de lixo se acumulam nas cestas e caem das lixeiras. Muitos moradores improvisam e amarram sacos nos muros. De acordo com a Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa), os bairros Sertãozinho e Bom Retiro lideram o número de reclamações de veranistas e moradores.

"Não tenho mais onde colocar. Daqui a pouco vou fazer como fiz há algumas semanas e levar o lixo para a frente da garagem da prefeitura. Foram quatro carrinhos de mão. Os hóspedes ficam incomodados com essa situação", diz Marilene da Silva, que administra uma pousada em Bom Retiro. De acordo com ela, o caminhão ficou quatro dias sem passar na sua rua, o que gerou o acúmulo.

Aílton Araújo, morador de Sertãozinho, reclama que a empresa está privilegiando os locais mais próximos à praia. "A gente vai mais próximo da beira-mar e lá a coisa está mais bonita, parece que eles estão limpando. Mas aqui está bem complicado", diz. Em Caiobá a situação já é melhor, mas alguns sacos de lixo se acumulam nas lixeiras e nas ruas. "Do Natal até o começo do ano foi realmente muito ruim. Era muito irregular a coleta. Há uma semana a situação começou a melhor", garante o empresário natural de Londrina, Rubens Luís Alves.

Rodrigues admite que a coleta continua deficiente em alguns pontos e atribuiu o problema aos motoristas terceirizados dos caminhões que fazem o recolhimento. "Fizemos o acompanhamento e percebemos que eles, deliberadamente, não estavam cumprindo certa parte da rota. Era corpo mole. Não estavam entrando em certas ruas, certos setores. Isso é inadmissível."

O secretário afirma que já pediu a substituição desses motoristas e garante que a situação será normalizada. O secretário afirma que, se o problema persistir, a Leão Ambiental poderá ser multada, o que já foi cogitado anteriormente. "O contrato afirma que o intervalo entre uma coleta e outra não pode passar de 72 horas. Estamos atentos." A multa por descumprimento de horário prevista no contrato é de R$ 50 mil. "Em um segundo momento podemos multar, sim", diz o secretário.

Por intermédio de sua assessoria de imprensa, a Leão Ambiental informou que o volume de lixo produzido nos bairros Bom Retiro e Sertãozinho é superior ao da média da cidade e, por isso, foram colocados carros extras, para finalizar a coleta. De acordo com a assessoria, a coleta foi realizada ontem e irá prosseguir normalmente durante às segundas, quartas e sextas-feiras.

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