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Veranistas optam por trazer vários itens de cidades maiores

Uma comparação feita com os preços indicados pelo Disque-Economia, da Prefeitura de Curitiba, mostra que a compra de mercado fica mais cara no litoral. Enquanto o quilo de carne moída na capital sai, em média, por R$ 13,98, no litoral chega a R$ 19,50. Outro item com diferença significativa é o leite. Em Curitiba custa uma média de R$ 1,39 o litro, enquanto na praia fica entre R$ 1,90 e R$ 2,20.

"Passo sempre a temporada aqui e quando venho trago vários itens de Curitiba, principalmente coisas em lata, caixinha, essas que não estragam", comenta a dona de casa Vera Lúcia Gomes. "Como meu marido vai e volta várias vezes, acaba trazendo carne e outros itens que vão faltando".

Frutas e verduras também saem mais caras. O quilo do tomate no litoral custa R$ 3,50 contra R$ 1,98 na capital. Batata, banana e cebola também são mais caros.

"Ainda que não é só mais caro, mas estou achando a qualidade muito ruim. Fruta então eu quase não compro aqui", comenta a pedagoga Silvia Faria. "Mas não senti a diferença de preço nos produtos de limpeza, achei mais ou menos a mesma coisa".

Segundo Adalto Mendes Lüders, presidente da As­so­ciação Comercial e Em­pre­sarial de Matinhos, não são os preços que são mais caros, mas as promoções que são mais escassas. "Em geral As grandes redes de Curitiba têm as promoções como maior chamariz, por isso as pessoas têm a impressão de que aqui é mais caro", comenta. Frutas e verduras vêm do Ceasa de Curitiba e acabam encarecendo em função do frete.

Aluguel

Em diversas praias do Paraná é possível alugar itens de praia, como cadeira e guarda-sol. Apesar de ser um custo a mais, vários veranistas aprovam a ideia porque, muitas vezes, é mais prático locar do que trazer tudo de casa. São cerca de R$ 10 por item, para o dia todo.

Nessa temporada, a cesta virou cooler e a toalha xadrez, esteira. Para economizar na praia, os veranistas trazem seus próprios alimentos e bebidas para a areia. Afinal, são R$ 5 para a água de coco, R$ 3 para a água mineral, R$ 4 para um milho cozido e pelo menos R$ 3 para o sorvete, e, aos poucos, a conta vai aumentando.

O casal Jean e Gisele Bellão, de Curitiba, não gasta quase nada na areia. Eles costumam trazer um cooler com água, suco e refrigerante de casa. "Acho que a gente gasta uns R$ 40 com essas compras no mercado, mas para comprar aqui mesmo seria mais ou menos o dobro", explica Jean. O casal costuma frequentar Caiobá há alguns anos e sempre teve o hábito de trazer comida. "É até mais fácil, já estamos acostumados", conta Gisele.

É só fazer a conta: uma garrafinha de água de 500 ml custa cerca de R$ 1 no mercado e R$ 3 na areia.

Murilo de Ramos, que trabalha em uma barraquinha de bebidas em Caiobá, diz que percebeu uma diferença nas vendas. "Acho que esse ano o movimento está um pouco mais fraco que anos anteriores", comenta. A caipirinha, bebida que mais vende, custa entre R$ 8 e R $15.

Elizete Monteiro, que mora há 14 anos em Matinhos e tem um carrinho de milho verde cozido, conta que sempre foi normal as pessoas trazerem coisas de casa, mas que o movimento não está tão intenso. "Num dia de movimento chego a vender 500 espigas, mas agora estou vendendo umas 100", comenta.

Mas nem sempre é tão fácil controlar os gastos, principalmente com crianças, que pedem várias das coisas que passam pela areia. Maria Clarete Budel e Amilton Budel passam o verão com os quatro netos em Matinhos – e todo dia compram um picolé para cada um. "Dependendo de quanto tempo ficamos na praia são até dois picolés", conta Maria.

Já Camila Castro veio com as filhas pequenas e a mãe, Sueli Vieira, de Campo Largo para a Praia Brava de Matinhos. Para economizar, a família se acostumou a trazer água e frutas de casa. "Às vezes as crianças pedem algodão doce, mas a gente controla. Comer as frutas é mais barato e mais saudável também", explica Camila.

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