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Confira as principais diferenças para o surfe convencional |
Confira as principais diferenças para o surfe convencional| Foto:
  • O remo ajuda na hora de atravessar a arrebentação e possibilita que o surfista entre na onda já em pé

Para quem vê pela primeira vez, parece apenas um surfista usando um remo para dar impulso na água. Mas as diferenças entre o surfe convencional e o stand up paddle são muito maiores. Além de ser praticável também em águas calmas, o SUP, como é conhecido, exige muito mais da musculatura de quem o pratica.

O stand up paddle é uma modalidade de surfe ainda pouco conhecida no Brasil. Mas o ato de remar em pé sobre uma pequena embarcação é prática antiga, adotada por diversas tribos para se deslocar em áreas de difícil navegação no Havaí, onde a modalidade se desenvolveu na década de 1940 e teve sua explosão no início dos anos 2000.

Logo, a novidade chamou a atenção de brasileiros que visitavam a terra do surfe. Entre eles, Márcio Costa, paranaense que está entre os primeiros surfistas do país a praticar o SUP. "Em 2009, eu estava de férias no Havaí, conheci o esporte e trouxe os equipamentos para o Brasil", relata o surfista de Guaratuba.

No último fim de semana, o SUP foi incluído pela primeira vez em um campeonato no estado, o Circuito Paranaense de Longboard. A primeira etapa da disputa, realizada no último domingo, em Matinhos, foi vencida por Costa, e contou também com a participação de surfistas paulistas e catarinenses. "A maioria dos praticantes de stand up é de São Paulo e Rio de Janeiro. No Paraná, há entre oito e dez surfistas que praticam regularmente", conta o campeão da primeira etapa do circuito.

O remo é a grande estrela deste esporte. Além de ser obrigatório na execução das manobras, ele ajuda a atravessar a arrebentação e possibilita que o surfista entre na onda já em pé. "O remo impulsiona, dá velocidade e também funciona como freio na hora de fazer as manobras", ex­­plica Costa. A prancha é mais larga e mais espessa para garantir mais flutuabilidade ao surfista, que fica praticamente todo o tempo em pé.

Para garantir o equilíbrio em cima da prancha, o surfista precisa ficar com as pernas levemente flexionadas. "Antes de entrar na onda, os pés ficam paralelos à prancha, voltados para frente. Já na onda, o surfista leva um pé à frente e fica na posição similar ao surfe tradicional", explica Costa.

Musculatura

A exigência do remo faz com que o SUP trabalhe praticamente todos os grupos musculares. Além de forçar pernas e abdome, como em qualquer modalidade de surfe, exige muito também dos braços e das costas. "É um dos esportes mais completos porque mexe com o corpo todo", enfatiza o surfista catarinense Guilherme Viana.

Segundo Viana, o stand up pode ser mais difícil do que o surfe convencional, se o surfista estiver disposto a pegar boas ondas. "Mas pa­­ra quem nunca surfou, é mais fácil porque tem o apoio do remo, que ajuda no equilíbrio. Aí, o me­­lhor é começar em água parada e depois partir para as ondas", explica.

Essa versatilidade é uma das grandes vantagens da modalidade. O SUP pode ser praticado em qualquer tipo de água, desde lagoas e praias calmas até grandes ondas. O surfista paulistano Paulo Gia­­chetti pratica o stand up há dois anos e, segundo ele, os treinos po­­dem ser feitos até mesmo em piscinas. "Muita gente chega a abandonar o surfe quando experimenta o stand up. É mais divertido e democrático. Qualquer um, de qualquer idade, pode praticar", acrescenta.

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