Verbas publicitárias serão cortadas para compensar tarifa

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Um corte substancial nas despesas de propaganda da prefeitura de Curitiba vai financiar a maior parte dos recursos para compensar a redução de R$ 0,15 na tarifa de transporte coletivo. A diminuição de R$ 2,85 para R$ 2,70 – que começa a valer a partir do dia 1º de julho – deve custar ao sistema da Rede Integrada de Transporte (RIT) R$ 30,2 milhões até fevereiro de 2014, quando está previsto aumento por força contratual. Do rombo milionário, cerca de R$ 14 milhões sairão das verbas publicitárias, conta Eleonora Fruet, secretária municipal de Fazenda.

O orçamento da Secretaria Municipal de Comunicação Social é de R$ 21 milhões para 2013 e R$ 7 milhões devem ser destinados para o transporte coletivo. Para o ano que vem, outros R$ 7 milhões da mesma fonte serão aplicados para subsidiar a redução da tarifa. Para economizar, a prefeitura cancelou a propaganda que iria fazer para divulgar a cidade para a Copa do Mundo. A divulgação do torneio em si é de responsabilidade da Fifa.

O secretário municipal de Comunicação Social, Gladimir Nascimento, comenta que a divulgação era destinada a atrair turistas e investimentos. "É um gasto justificável, mas é uma questão de escolher prioridades. A cidade perde com isso, mas é melhor perder assim do que em saúde", explica.

Com o mote "Curitiba é do mundo", a campanha pode se restringir apenas ao público local, divulgada no mobiliário urbano, como nos pontos de ônibus, e em mídias sociais. "Algum investimento será feito, mas ainda não decidimos como". A campanha seria intensificada no ano que vem, mais próximo ao período da Copa.

Além da verba publicitária, R$ 10 milhões serão destinados dos R$ 127 milhões do orçamento da Câmara Municipal. Trata-se de um excedente que iria ser aplicado em obras no prédio do Legislativo. O restante do fundo que deve financiar a redução da tarifa vem do Imposto Sobre Serviços (ISS) cobrado das empresas de transporte. São cerca de R$ 6 milhões nos meses que restam de 2012. Eleonora confirmou que despesas e investimentos previstos com o dinheiro do ISS deixarão de ser feitos por causa da destinação dos recursos para o transporte.