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Anna Paola na época do acidente: após três dias inconsciente, as marcas no rosto | Arquivo Pessoal
Anna Paola na época do acidente: após três dias inconsciente, as marcas no rosto| Foto: Arquivo Pessoal

O acidente na Sociedade Hípica Paranaense aconteceu por volta das 18 horas do dia 27 de setembro do ano passado, quando as pessoas que assistiam a uma prova no local procuraram a arquibancada para se proteger da chuva. Segundo Evani Banzatto Bonnet, que teve fraturas na coluna e perfuração pulmonar, havia cerca de 30 pessoas na arquibancada. Ela lembra apenas de ter visto um pedaço do telhado se erguer. Junto com o telhado, veio abaixo toda a estrutura de madeira que o sustentava. Três familiares de Evani também ficaram feridos: o filho teve fratura parcial de costela, a nora teve escoriações e a neta de 14 anos sofreu luxações leves. Pelo menos 11 pessoas ficaram feridas.

Anna Paola Marcondes de Albuquerque Cordi levou uma pancada na cabeça, teve perda de memória, rompeu o ligamento de um dos joelhos e teve estiramento no outro. "Até hoje não consigo levantar e sentar sozinha, e o pior, não posso mais me ajoelhar, o que está prejudicando minha profissão", diz Anna Paola, que expõe cães de raça. "Dependo agora da ajuda do meu marido", diz.

Manuela Cardoso Alves, 9 anos, quebrou a clavícula, ficou 40 dias imobilizada e desenvolveu pânico da chuva. "Toda vez que começa a chover ela fica alterada, pede para não ir à aula. O desgaste psicológico foi grande", afirma o pai, Rodrigo Cardoso Alves. A filha de Leonardo Beltrão, também de 9 anos, fraturou o fêmur e passou por três cirurgias.

Falta de apoio

Algumas vítimas dizem que não tiveram assistência da Hípica. O presidente da instituição, Fernando Augusto Sperb, nega a informação. "Procuramos todas as pessoas que se feriram para oferecer ajuda", garante. No caso de Evani, Sperb diz que a família pediu para não ser mais procurada. "Recebemos informações sobre o estado de saúde dela enquanto estava no hospital. Depois que ela foi para casa, perdemos o contato. Eles não quiseram nos deixar um telefone."

Já Anna Paola contou ter solicitado à Hípica uma ajuda financeira para o tratamento de fisioterapia, que até agora não veio. "Já falei por telefone que vamos ajudá-la. Ela vai ter o tratamento", afirma Sperb. Bel­trão, por outro lado, disse ter recebido apoio da Hípica em tudo o que foi preciso. "Meu plano de saúde cobriu as despesas com cirurgias e eles pagaram os custos com medicamentos. E como pedido de desculpas deram um título para minha filha", revela.

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