Esta terça-feira (30) seria o dia em que todos os estudantes e professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) retomariam as atividades de ensino, pesquisa e extensão. Seria, porque pelo menos em um dos centros de estudo, o de Educação, Comunicação e Artes (Ceca) as salas de aula devem continuar vazias. Isso por conta da greve dos estudantes, que deve permanecer pelo menos até quarta-feira (1º), quando a categoria realiza uma nova assembleia.
De acordo com a diretora do Ceca, Zilda Aparecida Freitas de Andrade, várias atividades entre docentes e estudantes estão programadas para o dia, mas nenhuma delas em sala de aula. “Isso foi deliberado com o comando de mobilização dos docentes da universidade. Quando houve a greve geral, todas as categorias estavam unificadas, servidores, docentes e estudantes. Agora, quando uma das categorias continua com a paralisação, o entendimento das outras é de apoio. Por isso, os professores não voltam às salas de aula nesta terça-feira”, explicou.
Na avaliação do professor Sérgio Gerelus, integrante do comando de mobilização dos docentes, a ideia dos estudantes é forçar uma posição da reitoria da UEL sobre as pautas da categoria. Itens como a contratação de novos servidores para o Restaurante Universitário e o reajuste da Bolsa Permanência – que segundo o professor tem o mesmo valor há oito anos – são as principais reivindicações dos grevistas.
“Tivemos uma reunião com os cerca de 250 docentes do Ceca e definimos por não retornar às aulas enquanto os estudantes não suspenderem a greve. Vamos fazer uma nova reunião ainda nesta semana, quando será feita uma reavaliação do movimento, mas por enquanto a nossa posição é de apoio integral aos estudantes”, revelou o professor.
Estudantes em greve realizaram uma panfletagem no acesso ao campus da UEL pela rodovia PR-445 por volta das 8h30. Por conta da concentração de veículos, a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) chegou a encaminhar uma viatura até o local para acompanhar o que poderia se tornar um bloqueio no tráfego da pista – hipótese não confirmada pelo estudante de pós-graduação e integrante do comando de greve da UEL, Lucas Godoy.
“Nossa recomendação é que fosse feita uma manifestação pacífica, com os estudantes em panfletagem explicando os motivos pelos quais estamos em greve. Não temos e nem queremos bloquear o trânsito na rodovia. É mais um trabalho de conscientização, de explicação dos motivos da greve”, confirmou.
Segundo ele, o objetivo do movimento é convidar o maior número possível de pessoas para acompanhar a sessão desta tarde do Conselho de Administração da UEL. No encontro, previsto para as 14 horas, será avaliada a proposta feita pela reitora da UEL, de estender o benefício da Bolsa Permanência a 180 estudantes – quase o dobro do número original de bolsistas.
“Caso essa proposta seja recusada, toda a nossa luta com a ocupação da reitoria cai por terra. Esperamos que não seja esse o entendimento do conselho, e que a proposta seja aceita sem maiores problemas.”
Para o estudante, o resultado da reunião terá impacto direto na assembleia marcada para quarta-feira, quando o fim da greve será posto em discussão. Ainda não há um horário definido para o encontro, que deve ser realizado no anfiteatro maior do Centro de Ciências Biológicas (CCB), mais conhecido como “Pinicão”.
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