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Gilmar Mendes: Corte teria apenas 1.481 ações anteriores a 2005 | Antônio Cruz/ABr
Gilmar Mendes: Corte teria apenas 1.481 ações anteriores a 2005| Foto: Antônio Cruz/ABr

Queda do braço

Mensalão reabre crise entre ministros

Agência Estado

São Paulo - Uma exceção de suspeição protocolada no STF pelo publicitário Marcos Valério, apontado como operador do mensalão no Congresso, abriu caminho para nova queda de braço entre dois ministros, Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes, às turras desde abril de 2009, quando protagonizaram bate-boca histórico no plenário da Corte. A queixa de Valério sustenta que Barbosa é suspeito para tocar a relatoria do processo do mensalão porque em outra demanda, relativa ao mensalão mineiro, fez afirmações que revelariam suas convicções so­­­bre crimes atribuídos ao publicitário.

Na condição de presidente do STF, Mendes assumiu a relatoria. Ele poderia ter indeferido o pedido liminarmente, mas não o fez. Optou por outro caminho: mandou processar a reclamação e abriu vista para a Procuradoria-Geral da República. O gesto foi interpretado como mais um capítulo da rusga entre os dois.

São Paulo - O número total de processos autuados no Supremo Tribunal Federal (STF) entre janeiro de 1997 e dezembro de 2005 e que permaneciam abertos até 11 de março de 2010 é de 13.232, o que corresponde a 16,6% do total de 79.582 processos a serem finalizados na Corte. os dados são do projeto Meritís­­­simos, da organização não-governamental Transparência Brasil.

Segundo a ONG, em manifestações recentes, o presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, declarou que o congestionamento da Corte, ou seja, o número de processos abertos referente a processos autuados até 31 de dezembro de 2005 seria hoje de apenas 1.481.

No entanto, o levantamento da Transparência Brasil indica que os dados não procedem e que o Supremo ficou muito longe de cumprir a Meta 2 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – que tinha como objetivo inicial a identificação e o julgamento até o fim de 2009 de todos os processos protocolados até 31 de dezembro de 2005.

De acordo com o projeto Meritíssimos, grande parte do congestionamento é causado pelos dois ministros mais lentos do tribunal, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio. Sozinhos, eles respondem por 38% do total de processos atrasados do Supremo.

O levantamento indica também que há processos ainda registrados como de responsabilidade de ministros já aposentados – Carlos Velloso, Nelson Jo­­­bim e Sepúlveda Pertence. Além disso, outros 155 abertos antes de 2006 ainda estão oficialmente nas mãos de Menezes Direito, que morreu no ano passado.

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