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Veja as justificativas dos deputados que tiveram viagens pagas pela Câmara |
Veja as justificativas dos deputados que tiveram viagens pagas pela Câmara| Foto:

Quatorze dos 30 deputados federais do Paraná usaram a cota mensal de passagens aéreas para viajar ao exterior entre janeiro de 2007 e outubro de 2008. Foram 89 trechos para nove destinos diferentes da América do Sul, Estados Unidos e Europa. Os parlamentares declararam que agiram dentro da legalidade (veja ao lado).

Dilceu Sperafico (PP), foi o representante do estado que mais utilizou bilhetes para fora do país (17). Foram nove trechos entre Londres e Guarulhos (dezembro de 2007), mais três viagens de ida e volta entre Guarulhos e Paris (janeiro de 2008), e outra de ida e volta entre Manaus e Miami. Ele não quis se manifestar individualmente sobre os voos, divulgados ontem pelo site Congresso em Foco. "Não usei um tostão a mais do que tinha direito dentro da regulamentação que era válida", afirmou. Nenhuma das passagens foi usada por Sperafico, nem por pessoas com o sobrenome dele. "Não tenho o que falar ou me justificar sobre isso."

Cézar Silvestri (PPS) está em segundo lugar entre os paranaenses, com 16 bilhetes emitidos para fora do Brasil. Cézar Silvestri Filho fez duas viagens de ida e volta com a cota do pai – para Londres e Buenos Aires. Os créditos do parlamentar também bancaram a viagem de uma família de cinco pessoas para a capital da Argentina, em junho de 2008. O deputado contou que logo que assumiu o primeiro mandato na Câmara (2003-2007) foi buscar orientações sobre o uso das passagens com o então corregedor da Casa, Inocêncio Oliveira (PR-PE). "Ele me disse que era meu, que eu poderia fazer o que quisesse."

Com seis passagens emitidas para a Europa, Ricardo Barros (PP) e a esposa, a deputada estadual Cida Borghetti (PP), foram duas vezes a Milão e uma vez a Londres, entre outubro de 2007 e janeiro de 2008. Barros afirmou que viajou a trabalho como presidente do grupo parlamentar Brasil-Itália e vice-presidente do grupo Brasil-Reino Unido, para cumprir atividades de integração entre os países. Já Cida teria viajado na função de presidente da Frente Parlamentar Paraná-Itália, da Assembleia. "Tudo foi feito em atividades relacionadas ao mandato", disse o deputado.

Luiz Carlos Setim (DEM) e Hermes Parcianello (PMDB) utilizaram parte da cota aérea para pagar duas passagens cada um entre São Paulo e Nova Iorque. Setim alegou que o bilhete em nome da esposa, Neide Setim, foi emitido com autorização da Câmara, já que ela era funcionária do seu gabinete e viajou a uma conferência internacional em nome da Casa. Parcianello declarou que cedeu as passagens a um cunhado, Ivanildo Silva, que tem três filhos vivendo nos EUA e precisou viajar com urgência porque um deles havia ficado doente. Segundo ele, os bilhetes foram provenientes de milhas individuais acumuladas. "Estou vendo os custos das taxas de embarque para ressarcir qualquer despesa indevida à Câmara", disse Parcianello.

Dois paranaenses citados no levantamento disseram que parte dos trechos foram emitidos a partir de milhas acumuladas. Dr. Rosinha (PT) viajou a trabalho em maio d e 2008 para Madri e usou a cota apenas para pagar taxas de embarque da esposa, Marta Timoteo. Outro trecho foi usado por seu assessor de imprensa, Fernando Oliveira, para acompanhá-lo na posse do deputado na presidência do Parlamento do Mercosul.

A explicação foi a mesma do deputado licenciado Alceni Guerra (DEM), hoje secretário de Planejamento de Curitiba. O filho e a mulher fizeram uma viagem cada, de ida e volta, a Buenos Aires, no segundo semestre de 2007. "Só usei a cota da Câmara para mim e quando estava a trabalho."

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