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Marina: partido idealizado pela ex-senadora corre risco de não ser criado a tempo para que ela dispute a eleição presidencial | Fábio Rosdrigues Pozzebom/ABr
Marina: partido idealizado pela ex-senadora corre risco de não ser criado a tempo para que ela dispute a eleição presidencial| Foto: Fábio Rosdrigues Pozzebom/ABr

Contagem oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluída na tarde de ontem considerou válidas 442.524 assinaturas de eleitores para a criação da Rede – partido com o qual a ex-senadora Marina Silva pretende disputar a Presidência no ano que vem. O número de apoios à criação da Rede, porém, não é suficiente para tirar a legenda do papel a tempo de disputar as as eleições de 2014. De acordo com a Lei Eleitoral são necessárias no mínimo 492 mil assinaturas – ou seja, faltam 50 mil. Como a sigla tem de ser oficialmente criada até o próximo sábado para poder participar da eleição, é provável que Marina fique sem legenda para o ano que vem – ou terá de se filiar a outro partido para disputar o Planalto.

Segundo o advogado da Rede, Torquato Jardim, foram protocoladas aproximadamente 460 mil assinaturas certificadas até sexta-feira. Algumas delas foram descartadas porque estariam duplicadas. A expectativa de Marina Silva é que os ministros do TSE considerem como válidas cerca de 95 mil assinaturas que foram rejeitadas pelos cartórios eleitorais sem justificativa. Mas, nos bastidores, integrantes da Justiça Eleitoral dizem que a Rede vai precisar de muita "criatividade jurídica" para conseguir chegar ao total das assinaturas exigidas.

A previsão é que o processo de registro da Rede entre no plenário do TSE apenas na quinta-feira. O voto da relatora, ministra Laurita Vaz, deve ser elaborado na véspera após o recebimento de um parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE) a favor ou contra o deferimento do registro do partido.

Otimismo

O advogado da Rede, Torquato Jardim, porém, demonstra otimismo. "Nossa conta continua a mesma, aceitando o que foi rejeitado sem justificativa ultrapassamos com folga o número exigido", diz. "Vai ser aos 45 do segundo tempo, mas o importante é que dá para ganhar."

Jardim observa, entretanto, que o calendário apertado pode prejudicar os deputados que desejam se filiar à Rede. Eles precisarão contar com a boa vontade de seus partidos de origem para conseguir fazer a desfiliação, etapa necessária para ingressar na Rede no prazo limite para disputar as próximas eleições.

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