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Brasília (Folhapress) – Após uma série de recursos na Justiça, o Conselho de Ética da Câmara deverá aprovar hoje, pela segunda vez, a cassação do mandato do ex-ministro José Dirceu (PT-SP) por suposto envolvimento no escândalo do mensalão.

A votação, agendada para as 10 h, deverá repetir o placar da semana passada (13 a 1), com apenas o voto da deputada Ângela Guadagnin (PT-SP) contrário ao relatório que recomenda a cassação do mandato por quebra de decoro parlamentar.

Os advogados de Dirceu prometem entrar com mais um mandado de segurança, na semana que vem, no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a sua nulidade. Dirceu não participará da sessão argumentando não querer legitimá-la.

Na semana anterior, o STF apontou irregularidades no relatório de Júlio Delgado (PSB-MG), o que invalidou a votação.

A cassação de Dirceu pode ocorrer em meio a uma polêmica envolvendo os integrantes do Conselho e o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), sobre a data de votação do processo no plenário – as decisões do Conseho necessitam do aval do plenário.

Ontem, cinco membros do Conselho, entre eles o presidente, Ricardo Izar (PTB-SP), pressionaram Aldo para que coloque o processo em votação no plenário na próxima semana. Pelo calendário estipulado por Aldo, a votação de Dirceu ocorrerá somente no dia 23.

O relator do processo afirma que, apesar de a Casa ter aprovado a prorrogação do prazo para conclusão do caso, a data escolhida por Aldo extrapola os 90 dias iniciais, abrindo brecha para novo recurso de Dirceu no STF.

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